Os desafios para a integração da telemedicina a outros serviços

Por Renato Casarotti

A telemedicina, sem dúvida, oferece uma série de benefícios para o sistema de saúde. É uma evolução mundial, adotada em larga escala por diversos países, e traz um grande avanço e uma maior segurança para a prática médica, além de ter enorme potencial na promoção à saúde da população, agilizando o acesso a orientação adequada e reduzindo riscos de exposição a doenças tanto para o profissional de saúde quanto ao paciente quando precisa de atendimento.

Com a possibilidade da realização de consultas médicas remotas, é possível promover um relacionamento seguro entre profissional de saúde e paciente de forma digital, por meio da telemedicina responsável, resolvendo uma necessidade – muitas vezes – momentânea do paciente.

Além disso, a telemedicina amplia o acesso a especialistas, principalmente em áreas mais distantes de grandes centros econômicos ou com carência de profissionais qualificados. Essa maior acessibilidade é um ponto fundamental na garantia do cuidado adequado a todas as pessoas.

No entanto, devemos reconhecer que a telemedicina traz alguns desafios que precisamos enfrentar, como a garantia da segurança dos serviços prestados e a qualidade do atendimento. Estabelecer e seguir protocolos claros para as teleconsultas é necessário para assegurar que médicos e beneficiários tenham uma experiência segura e eficaz.

A proteção de dados pessoais dos pacientes também é uma preocupação crucial. A obrigação do profissional de saúde é de que a teleconsulta seja num ambiente seguro, utilizando uma plataforma apropriada que acompanhe as regras que estão sendo abarcadas pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), realizando o devido registro em prontuário médico. Toda essa segurança é importante caso seja necessário apresentar evidências em auditorias que venham a ser realizadas, por exemplo.

É preciso haver validações eletrônicas nos mais variados graus de complexidade, que vão desde as mais básicas (identificação de documentos) até as mais avançadas (biometria digital e facial), e que também atendam a LGPD. Para o profissional de saúde é importante que tenha ao menos um cadastro com foto, para que saiba que é realmente o paciente indicado que irá atender.

Nos planos de saúde, integrar a telemedicina com os demais serviços oferecidos é fundamental para proporcionar uma experiência completa aos seus beneficiários. Afinal, a modalidade é uma opção a mais e deve ser vista como parte de um ecossistema de cuidados abrangentes, e não um serviço avulso.

Destaco também a importância da colaboração de entidades, como a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e o próprio Conselho Federal de Medicina (CFM), para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades trazidas pela telemedicina. É fundamental estabelecer um diálogo transparente com as autoridades de saúde para garantir a adequação das práticas e regulamentações relacionadas à telemedicina.

A telemedicina tem o potencial de revolucionar cada vez mais a prática da medicina seja no Brasil ou no mundo, beneficiando todos os atores do ecossistema da saúde. Ressalto que a adoção de uma abordagem estratégica e colaborativa é crucial para que desfrutemos dos reais benefícios da modalidade, com garantia de qualidade, segurança e eficiência dos serviços prestados.


*Renato Casarotti é presidente da Abramge.

Damos valor à sua privacidade

Nós e os nossos parceiros armazenamos ou acedemos a informações dos dispositivos, tais como cookies, e processamos dados pessoais, tais como identificadores exclusivos e informações padrão enviadas pelos dispositivos, para as finalidades descritas abaixo. Poderá clicar para consentir o processamento por nossa parte e pela parte dos nossos parceiros para tais finalidades. Em alternativa, poderá clicar para recusar o consentimento, ou aceder a informações mais pormenorizadas e alterar as suas preferências antes de dar consentimento. As suas preferências serão aplicadas apenas a este website.

Cookies estritamente necessários

Estes cookies são necessários para que o website funcione e não podem ser desligados nos nossos sistemas. Normalmente, eles só são configurados em resposta a ações levadas a cabo por si e que correspondem a uma solicitação de serviços, tais como definir as suas preferências de privacidade, iniciar sessão ou preencher formulários. Pode configurar o seu navegador para bloquear ou alertá-lo(a) sobre esses cookies, mas algumas partes do website não funcionarão. Estes cookies não armazenam qualquer informação pessoal identificável.

Cookies de desempenho

Estes cookies permitem-nos contar visitas e fontes de tráfego, para que possamos medir e melhorar o desempenho do nosso website. Eles ajudam-nos a saber quais são as páginas mais e menos populares e a ver como os visitantes se movimentam pelo website. Todas as informações recolhidas por estes cookies são agregadas e, por conseguinte, anónimas. Se não permitir estes cookies, não saberemos quando visitou o nosso site.

Cookies de funcionalidade

Estes cookies permitem que o site forneça uma funcionalidade e personalização melhoradas. Podem ser estabelecidos por nós ou por fornecedores externos cujos serviços adicionámos às nossas páginas. Se não permitir estes cookies algumas destas funcionalidades, ou mesmo todas, podem não atuar corretamente.

Cookies de publicidade

Estes cookies podem ser estabelecidos através do nosso site pelos nossos parceiros de publicidade. Podem ser usados por essas empresas para construir um perfil sobre os seus interesses e mostrar-lhe anúncios relevantes em outros websites. Eles não armazenam diretamente informações pessoais, mas são baseados na identificação exclusiva do seu navegador e dispositivo de internet. Se não permitir estes cookies, terá menos publicidade direcionada.

Visite as nossas páginas de Políticas de privacidade e Termos e condições.

Importante: A Medicina S/A usa cookies para personalizar conteúdo e anúncios, para melhorar sua experiência em nosso site. Ao continuar, você aceitará o uso. Veja nossa Política de Privacidade.