Sindhosp: casos de dengue aumentam nos hospitais privados
Pesquisa do Sindicato de Hospitais, Clínicas e Laboratórios no Estado de São Paulo (SindHosp), realizada de 13 a 23 de janeiro, mostra que 45% dos hospitais privados paulistas registraram aumento de pacientes com suspeita de dengue em seus serviços de urgência. Ao mesmo tempo, 43% dos hospitais registraram aumento de até 5% em pacientes que testaram positivo nos últimos 15 dias, sendo a faixa etária predominante de 30 a 50 anos.
A pesquisa ouviu 96 hospitais privados paulistas, sendo 59% localizados na Capital e grande São Paulo e 41% no interior.
Segundo o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, a pesquisa acompanha a evolução da doença nos hospitais em decorrência do aumento das chuvas de verão, época em que ocorre a proliferação do mosquito que transmite a dengue.
“Os dados coletados não mostram gravidade, no entanto, já detectamos uma curva de crescimento da doença nos prontos atendimentos e nas internações, embora ainda em percentuais reduzidos”, informa o presidente.
Em comparação com a pesquisa realizada ano passado, no período de 29 de janeiro a 7 de fevereiro de 2024, com 91 hospitais (64% da Capital e 36% do interior), a maioria dos índices deste ano está menor.
Na pesquisa de 2025, 66% dos hospitais registraram aumento de internações de pacientes por dengue, enquanto no ano passado 80% dos hospitais detectaram esse aumento. O crescimento das internações este ano também está menor, sendo de até 5% em leitos clínicos para 43% dos hospitais, enquanto na pesquisa de 2024, 51% dos hospitais relataram aumento de 11% a 20% nas internações clínicas.
Para internações em UTI, as duas pesquisas confirmam a mesma informação, de que não houve aumento de internações para a maioria dos hospitais.
Perguntados sobre outras doenças prevalentes nos hospitais paulistas e que estão levando a internações, os estabelecimentos de saúde indicaram viroses em geral (40%) e outras doenças respiratórias (25%) na pesquisa atual. Ano passado, 38% das internações ocorreram por doenças crônicas, 28% por viroses em geral e 27% por outras doenças respiratórias.
Para Balestrin, o controle da dengue no Estado depende de medidas sanitárias, como o combate aos focos do mosquito pelas autoridades e inclui a colaboração da população para evitar água parada dentro de casa em plantas, vasos, piscinas e caixas d´água abertas e o uso de repelente em locais infestados pelo mosquito, como área de matas e jardins.