Dasa faz parceria inédita para transferência de tecnologia em genética
A GeneOne, laboratório de genética da Dasa, anunciou parceria inédita com a Natera, líder mundial em diagnóstico genético, para realizar com exclusividade no Brasil a primeira transferência de tecnologia com o NIPT (teste pré-natal não invasivo de alta acurácia para identificar síndromes, como Down, entre outras).
“Oferecemos o NIPT desde 2016, enviando amostra para os EUA. Agora, nossa equipe está sendo treinada em São Francisco, pelos maiores especialistas em medicina fetal do mundo. Em breve, os resultados passarão a ser analisados pela nossa equipe, aqui no Brasil.”, explica Emerson Gasparetto, vice-presidente da área médica da Dasa.
O NIPT é o recurso de medicina fetal mais moderno disponível no mercado e a Natera tem especialistas que aprimoram o exame constantemente. Para Gustavo Campana, diretor médico responsável pelo laboratório GeneOne, a transferência de tecnologia trará benefícios tanto para os pacientes, quanto para médicos. “Ganharemos agilidade, controle ainda maior de qualidade, diminuição de custo, além de aumentar as informações sobre os perfis da população brasileira. Vamos ampliar os conhecimentos sobre o teste e a interação com médicos”.
Extremamente sensível e, por isso, excelente teste de rastreio, o NIPT é um teste complementar, para o entendimento da informação genética da mãe e do feto. Tem valor preditivo positivo de 85% (os testes de rastreio bioquímico estão na faixa de 4%) e, se houver resultado positivo, se faz necessária a coleta do líquido amniótico – uma técnica mais invasiva. Além da realização do teste no Brasil, a GeneOne atuará também no aconselhamento genético para o médico prescritor, para que ele oriente seu paciente.
“O diagnóstico pré-natal de síndromes, como Down, permite que os pais e a família se preparem emocionalmente para compreender as necessidades do bebê que está a caminho, desmistificando e entendendo a nova condição da família. A equipe médica que irá receber o bebê também ganha tempo para manejar o risco de malformações congênitas que necessitem atenção especializada imediata após o nascimento”, pondera Campana.
Técnica bem estabelecida
O NIPT, teste pré-natal não-invasivo, fornece informações da genética do feto com uma simples amostra do sangue materno, coletada a partir da 9ª semana de gravidez. A partir de uma pequena quantidade de DNA da placenta (fetal), por meio de sequenciamento genético, o exame analisa os cromossomos fetais. Antes do NIPT, só era possível obter material genético do feto a partir de coletas invasivas que colocavam a mãe e o feto em risco de infecções, abortos, sangramentos e que só permitiam a análise dos cromossomos fetais. Desde 2018 o teste é realizado para gêmeos (antes não era possível).
O painel da Natera é superior por identificar até três DNAs diferentes no plasma materno, o que aumenta a acurácia do diagnóstico. Os outros métodos apenas contam os cromossomos, sem distinguir os indivíduos, aumentando a possibilidade de erro no diagnóstico. Denominado ‘Panorama’, o exame identifica anomalias dos cromossomos 13 (Síndrome de Patau), 18 (Síndrome de Edwards), 21 (Síndrome de Down) e 22 (Síndrome de DiGeorge) além das síndromes que afetam os cromossomos sexuais X e Y como Klinefelter e Turner.