Dados e interoperabilidade: futuro da saúde nas mãos do paciente

Por Andrey Abreu

Vivemos a era da digitalização da saúde. A cada dia, guias impressas dão lugar a prontuários eletrônicos, sistemas passam a conversar entre si com mais eficiência e o paciente deixa de ser um mero espectador para se tornar o verdadeiro protagonista do seu próprio cuidado.

Mas, diante desse avanço, surge uma questão fundamental: a quem pertencem as informações de saúde?

A resposta é clara — os dados pertencem ao paciente.

Essa premissa é a base para a construção de um sistema mais justo, eficiente e centrado nas pessoas.

Historicamente, os dados clínicos ficaram pulverizados entre hospitais, clínicas e laboratórios, sem qualquer integração entre eles. Essa fragmentação comprometeu a continuidade do cuidado, expôs riscos evitáveis e gerou custos desnecessários.

Basta imaginar um cenário comum: um paciente com diabetes é atendido no hospital A e, dias depois, no hospital B. Sem sistemas interoperáveis, todo seu histórico precisa ser recontado para garantir a segurança do atendimento. Essa desconexão provoca atrasos, eleva riscos e penaliza o próprio paciente.

Com o avanço das tecnologias e a adoção de padrões abertos de interoperabilidade, esse paradigma está mudando. Hoje, é possível integrar informações de forma segura e devolver ao paciente o controle sobre sua própria história clínica.

Essa visão se fortaleceu no Web Summit Rio 2025. Cada vez mais empresas, assim como a MV, estão investindo fortemente na criação de infraestruturas tecnológicas baseadas em padrões abertos, que sejam capazes de promover a verdadeira interoperabilidade entre sistemas de saúde.

Essa arquitetura vai além da conectividade técnica: ela é sustentada por princípios éticos e pelo compromisso com a segurança e a privacidade dos dados. Todos os acessos às informações clínicas são realizados com o consentimento explícito do paciente, respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e os mais altos padrões de cibersegurança e conformidade regulatória.

Essa abordagem garante transparência, rastreabilidade e autonomia. O paciente sabe quem acessou suas informações, quando e para qual finalidade — e tem o direito de decidir com quem deseja compartilhá-las. Essa camada de confiança é indispensável para qualquer transformação digital verdadeira no setor de saúde.

Ao colocar o paciente no centro e garantir a ele a posse efetiva dos dados, a tecnologia assume seu papel mais nobre: facilitar o cuidado, fortalecer vínculos e democratizar o acesso à informação de maneira responsável.

Mais do que um avanço tecnológico, o que se propõe é uma transformação cultural. A saúde do futuro não será apenas digital — ela será profundamente humana. E os dados serão a ponte entre o conhecimento médico e a autonomia do paciente.

Tecnologia a serviço das pessoas. Dados nas mãos de quem mais importa: o próprio paciente.


*Andrey Abreu é Diretor Corporativo de Tecnologia da MV.

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