Serviço de cuidados paliativos é referência no Santa Izabel
A primeira coisa que precisamos entender sobre cuidado paliativo é que ele não é exclusivo para pacientes terminais. O foco dessa assistência é promover qualidade de vida ao paciente quando ele possui alguma doença ameaçadora de vida. Em Salvador, a primeira enfermaria voltada a serviços de cuidados paliativos completa agora quatro anos de atuação. Situada no Hospital Santa Izabel (HSI), da Santa Casa da Bahia, permanece ainda como a única unidade hospitalar na capital baiana a ter uma ala exclusiva para esse tipo de cuidado, representando um avanço na assistência ao paciente e promoção do bem-estar.
“O foco do cuidado paliativo é o aprimoramento da qualidade de vida, com atenção aos aspectos do indivíduo do ponto de vista físico, psíquico, social, emocional e espiritual. Por conta desse olhar ampliado ele precisa ser feito necessariamente por uma equipe multidisciplinar. No Santa Izabel, contamos com médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, assistente social e demais profissionais que possam agregar”, relata a dra. Manuele Alencar, hospitalista do serviço de Cuidados Paliativos do Hospital Santa Izabel.
O serviço de Cuidados Paliativos oferecido pelo HSI é considerado referência no Brasil, e a instituição esteve entre as três de todo o país convidadas pelo Ministério da Saúde para participar da discussão de políticas públicas em cuidados paliativos.
Cuidado paliativo na rotina
E se engana quem pensa que só o paciente internado requer atenção do serviço de Cuidados Paliativos. O atendimento também abrange aqueles que vão ao hospital para realização de consulta e tratamento. Ao entrar na assistência oferecida no cuidado paliativo, o primeiro passo é o controle dos sintomas, que vão muito além dos físicos e podem incluir questões sociais e emocionais.
Um paciente que está internado há muito tempo, por exemplo, pode ser liberado para passar uma semana em casa e depois retornar ao hospital. “Já tivemos pacientes que passaram por essa espécie de alta recreativa e quando retornou, não relatou mais dores, dispensando até a medicação e depois chegando a alta definitiva”, relata a dra. Manuele.
Dentro do HSI também são promovidas ações, como apresentações musicais na enfermaria, momentos de descontração na própria praça do hospital.