Uma reflexão sobre os desafios da mulher como cuidadora

Por Catia Duarte

No último dia 20 de março celebramos o Dia Nacional do Cuidador de Idosos, data que alerta para a importância das pessoas que atuam diariamente para ampliar a qualidade de vida, em múltiplos aspectos, e longevidade dos idosos.
Seis em cada dez pessoas que exercitam o papel de cuidador têm pelo menos 50 anos, e 90% tiveram que assumir essa atividade por ser o parente mais próximo e não dispor de condições financeiras para contratar um cuidador profissional. Esses foram alguns dos achados do estudo “Cuidadores do Brasil”, liderado pelo Instituto Lado a Lado pela Vida e Veja Saúde, com apoio da Novartis. Apoiar os cuidadores e a criação de políticas públicas e iniciativas que amparem e auxiliem no cuidado deve ser encarado como prioridade para todos os atores do sistema de saúde.

Com o processo de envelhecimento populacional cada vez mais acelerado no Brasil e no mundo, a figura do cuidador tende a ser cada vez mais demandada, o que requer pessoas preparadas para lidar com todos os seus desafios e complexidades.

Nesse universo, as mulheres são maioria: 83% entre os cuidadores familiares, e 91% entre os profissionais. São mulheres que ocupam um papel extremamente desafiador: conciliar o cuidado com um membro mais velho da família, que muitas vezes necessita de cuidados específicos por conta de alguma doença, com todas as outras funções de seu dia a dia: carreira, cuidados com a casa, filhos etc.

Ao acumularem múltiplas tarefas, as necessidades dessas mulheres vão se tornando invisíveis. Por exercerem o cuidado de forma não profissional, não recebem nenhum tipo de amparo e orientação sobre como realizar essa atividade tão necessária, e justamente por isso, estão sujeitas à diversos tipos de riscos: cuidar do outro sem receber o suporte necessário pode resultar em adoecimento, trazendo uma carga ainda maior ao sistema de saúde.

Além disso, são elas que possuem grande poder de influência e papel estratégico para a adesão ao tratamento.

Segundo o estudo “Cuidadores do Brasil”, 96% participam das decisões relacionadas ao bem-estar do paciente e 88% estão ao seu lado nas consultas médicas.

Os dados do estudo comprovam a percepção de que as responsabilidades que incidem sobre as mulheres na sociedade atual perpetuam-se até mesmo quando chegam na terceira idade. Em certa medida, todos nós somos cuidadores em potencial, mas a carga sobre as mulheres está mais pesada do que nunca.

Nessa reflexão, importante abordar os impactos econômicos do cuidado familiar. Com frequência, as pessoas que assumem o papel de cuidadores precisam deixar suas profissões para se dedicar em tempo integral à essa tarefa, o que causa impacto em toda a sociedade.

Na Novartis, estamos trabalhando para contribuir com a melhora desse cenário por meio do nosso Compromisso com Pacientes e Cuidadores, com um trabalho ativo com grupos de pacientes em todo o mundo, calcado em quatro pilares estratégicos: respeitar e compreender as perspectivas dos grupos de pacientes, expandir o acesso aos nossos medicamentos, realizar estudos clínicos de forma responsável, e reconhecer a importância da transparência.

Esse compromisso está intrínseco em todas as nossas estratégias e é vivenciado na prática, por meio de iniciativas que incluem a perspectiva do paciente no desenvolvimento de medicamentos e em projetos que visam melhorar a vida das pessoas. Em decorrência dessa prática, são geradas oportunidades educacionais para pacientes e cuidadores, tornando-os efetivamente protagonistas de sua condição e de seu tratamento.

São vários os desafios para a figura do cuidador e as oportunidades vislumbradas para essa atividade tão nobre são igualmente vastas. A demanda por cuidadores preparados para o apoio dos idosos em todas as suas necessidades de saúde e bem-estar crescerá exponencialmente nas próximas décadas, o que demanda que o sistema de saúde esteja preparado para apoiar quem cuida e quem é cuidado, criando uma verdadeira rede de apoio, com um olhar especial sob a perspectiva das mulheres cuidadoras.


*Catia Duarte é Diretora Corporativa de Comunicação e Engajamento com Pacientes na Novartis Brasil.

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