Cuidado digital com pacientes crônicos cresce na pandemia
A pandemia ocasionada pela Covid-19 trouxe inúmeras mudanças no setor da Saúde. Segundo uma pesquisa realizada pela empresa Sinch, dentre os adeptos das consultas online, 71% das pessoas começaram a se cuidar com ferramentas digitais. Neste cenário, começamos a enxergar três macro tendências que foram aceleradas durante esse período que estamos vivendo, como a adoção da teleconsulta para atendimento médico à distância, os cuidados para saúde mental e o acompanhamento de pacientes crônicos – população considerada parte do grupo de risco.
Se antes pessoas com diabetes, hipertensão, colesterol alto e obesidade eram vistas de maneira eventual, ou seja, apenas em consultas e em episódios de emergência, hoje elas já podem ser acompanhadas 24 horas por dia, todos os dias da semana, por soluções modernas oferecidas por healthtechs como a Klivo. O surgimento de empresas como ela, que tem em sua essência a inovação, cresceu 118%, como mostram os dados do HealthTech Report 2020 – desenvolvido pela consultoria Distrito.
Para Pedro Pina, Head de Estratégia e Finanças da startup, “a Klivo ocupa um espaço que estava vazio na jornada do paciente crônico”. Clientes da companhia como Almaviva, BRF, Salinor, entre outros, se deram conta do papel das grandes organizações no cuidado dos colaboradores. “Oferecer plano de saúde não garante o cuidado e quando veio a Covid-19, o grupo de risco recorreu em massa aos RHs por apoio, mas poucos sabiam como lidar” – complementa o gestor que teve passagens pelo Grupo United/Amil e Unimed.
A carteira de clientes da startup cresceu 4 vezes desde o início da pandemia e já passa de 16 mil membros. Segundo Pina, o mundo corporativo está percebendo que oferecer soluções de cuidado aos profissionais que convivem com doenças crônicas acaba reduzindo custos, como o sinistro do plano de saúde e também o absenteísmo – problema comum em praticamente todas as empresas, dos mais variados tamanhos. “O crescimento exponencial vivido pela Klivo é um sinal forte de amadurecimento dos times de saúde nas empresas que hoje dedicam cada vez mais orçamento para ações proativas e de prevenção”, acrescenta o executivo.
O Monitoramento Remoto neste contexto
Após ser regulamentada em 2020, a telemedicina vem sendo amplamente utilizada por médicos, fazendo com que diversos pacientes continuem recebendo atendimento em meio a toda essa crise de superlotação dos hospitais, que se estende desde o início da pandemia. Segundo o que revelou a pesquisa intitulada “Conectividade e Saúde Digital na vida do médico brasileiro” produzida pela Associação Paulista de Medicina, 70% dos profissionais de saúde entrevistados consideram que ela pode ampliar o atendimento médico para além do consultório.
Na prática, esse monitoramento remoto começa a preencher a lacuna que existia até então quando pensávamos nos pacientes crônicos. Com a possibilidade de acompanhar essas pessoas virtualmente, a empresa consegue mesclar o uso de Inteligência Artificial e da análise de dados de saúde, inseridos pelos seus próprios membros em um aplicativo, a um atendimento personalizado baseado nos objetivos definidos no primeiro contato com os colaboradores de seus clientes.
Essa união de tecnologia e cuidado humanizado vem permitindo que a melhora clínica seja vista em poucos meses pelos seus membros, diminuindo assim os atendimentos de emergência no Pronto-Socorro. Com o indicador de satisfação acima de 90%, a startup promete promover uma disrupção no setor da Saúde através de um cuidado cada vez mais inteligente e personalizado.