Bactérias resistentes e cuidados paliativos são destaques do Congresso de Medicina Intensiva
Começa amanhã, em São Paulo, o XXIII Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva. O evento, promovido pela Associação Médica Intensiva Brasileira (AMIB), deve reunir milhares de profissionais de saúde e abordará mais de 260 temas da área. Entre os destaques desta edição estão as bactérias resistentes e os cuidados paliativos na UTI.
Bactérias resistentes
Considerado a grande ameaça do século, o fenômeno das bactérias resistentes já é tido como uma emergência mundial. De acordo com estudo encomendado pelo governo britânico e divulgado em 2014, a partir de 2050, essas bactérias matarão mais que o câncer, levando cerca de 10 milhões de pacientes a óbito, ao ano.
Este tema é parte importante nesta edição do Congresso e contará com um simpósio mediado pelo diretor administrativo da AMIB, Dr. Marcelo Maia. A atividade acontece no dia 29 de novembro e debaterá a situação atual vivida na área da saúde em relação ao assunto, além dos impactos futuros e a melhor maneira de lidar com a resistência a antibióticos.
Cuidados Paliativos na UTI
Uma das frentes de trabalho da AMIB está focada em desmistificar o ambiente de UTI como o lugar mais temido dentro dos hospitais. Hoje, o cotidiano nas UTIs é humanizado, na contramão do imaginário popular, que percebe as unidades de terapia intensiva como locais impessoais e frios.
Nesse cenário, a prática de Cuidados Paliativos na UTI vem sendo cada vez mais ampliada. Promovida por equipes multidisciplinares, principalmente aquelas dedicadas em cuidados ao final da vida, tais tratamentos são realizados a fim de controlar sintomas e manter a autonomia do paciente pelo maior tempo possível.
A importância e atualidade do tema fez com que ele ganhasse um destaque relevante no CBMI 2018, que conta, pelo menos, com 13 conferências sobre Cuidados Paliativos. As palestras abordarão temas como: conversa com familiares, como transformar as UTIs em espaços mais acolhedores, a difícil tarefa de se comunicar com pacientes lúcidos ao final da vida e análise sobre como as estratégias de humanização influenciam desfechos dos pacientes a longo prazo.
Entre os palestrantes, destacam-se o intensivista cearense Dr. Zilfran Carneiro Teixeira, presidente do Comitê de Terminalidade e Cuidados Paliativos da AMIB, o espanhol Gabriel Heras La Calle, diretor do Comitê de Humanização da Federação Pan-Americana e Ibérica de Medicina Crítica e Terapia Intensiva, além da presidente da Sociedade Espanhola de Cuidados Críticos, Dra. Maria Cruz Martin Delgado.
“A medicina intensiva enfrenta diversos desafios no Brasil e no mundo e sempre buscamos trazer anualmente nos congressos que promovemos um conteúdo que contribua com o enfrentamento dessas questões e com o desenvolvimento dos profissionais intensivistas, que desempenham um papel tão fundamental no cuidado do paciente crítico. Estou certo de que o CBMI 2018 também cumprirá com louvor seu papel nesse sentido e fará história”, comenta Dr. Ciro Leite Mendes, presidente da AMIB.
Sobre o 23º Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva
Data: 29 de novembro à 1 de dezembro
Local: Transamérica Expo Center – São Paulo/SP
Informações e inscrições: www.amib.org.br/cbmi2018