92% das clínicas de reprodução cumprem normas de qualidade
De acordo com a Anvisa, 81 (92%) dos 88 estabelecimentos de reprodução assistida analisados em 2017 e 2018 foram classificados como de “baixo risco” ou “médio baixo risco” potencial. Isso significa que as unidades investigadas cumpriam normas sanitárias que garantiam a qualidade e a segurança dos procedimentos executados.
O levantamento levou em consideração dados de inspeções e ações fiscalizatórias realizadas nos BCTGs, mais conhecidos como clínicas de reprodução humana assistida. O trabalho foi realizado em parceria com as Vigilâncias Sanitárias de estados e municípios.
Para chegar ao resultado, foram analisadas informações sobre a documentação dos serviços, infraestrutura física, triagem de pacientes e doadores de células e tecidos germinativos, além da coleta e identificação das amostras. Também foram considerados dados sobre processamento, congelamento e armazenamento das amostras, bem como as condições de transporte e sistema de garantia de qualidade.
De acordo com o levantamento, 5% dos serviços foram classificados na faixa de “médio risco”, o que significa que os estabelecimentos cumpriam satisfatoriamente as normas sanitárias, mas com necessidade de melhorias. Os BCTGs enquadrados nas classificações de “médio alto risco” – 1% – e “alto risco” – 2% – foram alvo de monitoramento e intervenções.
Distribuição percentual dos BCTGs avaliados no Brasil quanto ao risco potencial, nos anos de 2017-2018.
Amostragem
O número de serviços visitados (88) representou 48% dos 183 cadastrados pela Anvisa e traz uma amostragem nacional, com dados de estabelecimentos de todas as regiões do país. Foram avaliadas as informações de 52 BCTGs das 104 unidades do Sudeste; 21 das 38 do Sul; 10 das 24 do Nordeste; dois das 12 do Centro-Oeste; e três das cinco da região Norte.
Segundo a Anvisa, essa é a terceira avaliação sanitária das clínicas de reprodução humana assistida, mas é a primeira vez que as informações são divulgadas para a sociedade. Isso porque antes os dados eram compartilhados apenas com as próprias Vigilâncias Sanitárias locais, para que fizessem uso gerencial dessas informações e implementação de ações estratégicas de melhoria dos serviços.