Só 1% das cirurgias de hérnia inguinal no SUS são por videolaparoscopia

O tratamento minimamente invasivo das hérnias inguinais, com as tecnologias de cirurgia robótica e videolaparoscópica, trazem vantagens na recuperação dos pacientes e redução da recidiva da doença – com taxas que variam de 5 a 10% – e causam um custo do novo tratamento superior a 28 bilhões de dólares, nos Estados Unidos, de acordo com dados do National Center for Health Statistics. No Brasil aproximadamente 5,4 milhões de pessoas sofrem com hérnias abdominais, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A Sociedade Brasileira de Hérnia alerta que as cirurgias de hérnias inguinais realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de forma minimamente invasiva representam apenas 1% do total de operações, conforme dados apresentados pelo DataSus. “Já na rede privada o cenário é inverso ao SUS e os procedimentos são realizados utilizando as novas tecnologias, com profissionais capacitados para trabalhar com as técnicas de laparoscopia e robótica”, alerta o presidente da entidade, cirurgião do aparelho digestivo, Marcelo Furtado.

Entre 2016 e 2021 foram realizadas 687 mil cirurgias de hérnias inguinais no Brasil, via SUS, sendo que apenas 5.371 foram vídeolaparoscópicas – ou seja, 0,78%.

Sistema DataSus

Gustavo Soares, vice-presidente SBH, ressalta que o tratamento deste tipo de hérnia passou por grande evolução nos últimos 25 anos. “Entre os principais objetivos estavam reduzir o tempo de internação hospitalar, a recorrência da doença e oferecer ao paciente melhor qualidade de vida após o procedimento – o que inclui mobilidade, recuperação mais rápida, satisfatória e redução da dor no pós-operatório”.

O diretor financeiro da SBH, Heitor Santos, alerta que as técnicas minimamente invasivas evitam risco de infecções e a perda de sangue na cirurgia. “Sabendo que no sistema privado de saúde, a utilização de técnicas minimamente invasivas têm se estabelecido como preferenciais e considerando as suas vantagens sobre as técnicas abertas, a realidade na rede pública é preocupante”.

Segundo o IBGE (2019), 28,5% dos brasileiros possuem plano de saúde médico ou odontológico, totalizando 59,7 milhões de pessoas. Mesmo nas unidades da federação em que a renda per capita é mais alta, a proporção de pessoas com plano de saúde médico é inferior a 40% da população.

Demanda reprimida pós-pandemia – Com a suspensão das cirurgias eletivas durante a pandemia da Covid-19 a procura de pacientes por tratamentos para hérnias da parede abdominal está em alta, em 2022. Sobretudo, casos com mais complexidades são recebidos nos consultórios e clínicas, já que o tempo de evolução da doença aumentou com a suspensão das cirurgias.

A alta na demanda exige mais tempo para o agendamento. “O período necessário não é devido apenas à agenda do cirurgião, mas também ao prazo dos seguros de saúde, previsto pela Agência Nacional de Saúde, para a liberação dos procedimentos”, esclarece Marcelo Furtado.

Damos valor à sua privacidade

Nós e os nossos parceiros armazenamos ou acedemos a informações dos dispositivos, tais como cookies, e processamos dados pessoais, tais como identificadores exclusivos e informações padrão enviadas pelos dispositivos, para as finalidades descritas abaixo. Poderá clicar para consentir o processamento por nossa parte e pela parte dos nossos parceiros para tais finalidades. Em alternativa, poderá clicar para recusar o consentimento, ou aceder a informações mais pormenorizadas e alterar as suas preferências antes de dar consentimento. As suas preferências serão aplicadas apenas a este website.

Cookies estritamente necessários

Estes cookies são necessários para que o website funcione e não podem ser desligados nos nossos sistemas. Normalmente, eles só são configurados em resposta a ações levadas a cabo por si e que correspondem a uma solicitação de serviços, tais como definir as suas preferências de privacidade, iniciar sessão ou preencher formulários. Pode configurar o seu navegador para bloquear ou alertá-lo(a) sobre esses cookies, mas algumas partes do website não funcionarão. Estes cookies não armazenam qualquer informação pessoal identificável.

Cookies de desempenho

Estes cookies permitem-nos contar visitas e fontes de tráfego, para que possamos medir e melhorar o desempenho do nosso website. Eles ajudam-nos a saber quais são as páginas mais e menos populares e a ver como os visitantes se movimentam pelo website. Todas as informações recolhidas por estes cookies são agregadas e, por conseguinte, anónimas. Se não permitir estes cookies, não saberemos quando visitou o nosso site.

Cookies de funcionalidade

Estes cookies permitem que o site forneça uma funcionalidade e personalização melhoradas. Podem ser estabelecidos por nós ou por fornecedores externos cujos serviços adicionámos às nossas páginas. Se não permitir estes cookies algumas destas funcionalidades, ou mesmo todas, podem não atuar corretamente.

Cookies de publicidade

Estes cookies podem ser estabelecidos através do nosso site pelos nossos parceiros de publicidade. Podem ser usados por essas empresas para construir um perfil sobre os seus interesses e mostrar-lhe anúncios relevantes em outros websites. Eles não armazenam diretamente informações pessoais, mas são baseados na identificação exclusiva do seu navegador e dispositivo de internet. Se não permitir estes cookies, terá menos publicidade direcionada.

Visite as nossas páginas de Políticas de privacidade e Termos e condições.

Importante: A Medicina S/A usa cookies para personalizar conteúdo e anúncios, para melhorar sua experiência em nosso site. Ao continuar, você aceitará o uso. Veja nossa Política de Privacidade.