Cirurgias cardíacas no Hospital Salvalus crescem 12% no primeiro trimestre
O Hospital Salvalus, da Hapvida NotreDame Intermédica, ampliou o atendimento a pacientes cardíacos. De janeiro a março deste ano, foram realizados 130 procedimentos no coração, desde a colocação de marca-passo até cirurgias de grande porte, como a toracotomia (abertura do tórax). Na comparação com o mesmo trimestre de 2023, com 116 cirurgias, houve um aumento de 12%.
“Somos a única rede integrada e verticalizada que realiza cirurgias cardíacas desta magnitude. Temos expertise em procedimentos de alta complexidade, como os de aorta. Em 2024, a média subiu para 43 cirurgias ao mês e queremos ampliar ainda mais a capacidade de atendimento”, disse o vice-presidente de Operação Hospitalar e Serviços, Francisco Souto.
Na maior empresa de saúde da América Latina, foram 14.243 cirurgias cardíacas no primeiro trimestre contra 13.579 no mesmo período de 2023, alta de 4,8%. Os procedimentos foram realizados em 79 hospitais da rede.
No Brasil, cerca de 1.100 pessoas morrem por dia em decorrência de doenças cardiovasculares, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Ao ano, são 400 mil óbitos, a principal causa de morte hoje no país.
A equipe médica do Salvalus é liderada por Januário Manoel de Souza, referência nacional em cirurgia cardíaca. Em média, o hospital tem seis cirurgiões especializados em coração diariamente. Cada procedimento dura em torno de quatro horas.
“Temos potencial para nos tornarmos um centro do coração da Hapvida NotreDame Intermédica”, garantiu o cirurgião coordenador do Hospital Salvalus, Rafael Schneidewind.
Técnica Atlas
A técnica cirúrgica Atlas, desenvolvida pelo médico japonês Takeo Tedoriya, foi trazida ao Brasil ano passado. Nela, a válvula aórtica é reconstruída com o uso do pericárdio -membrana dupla de tecido conjuntivo que envolve o coração – do próprio paciente.
De acordo com Schneidewind, o procedimento realizado no Salvalus por duas vezes tem resultado similar ao de colocação de prótese, mas com algumas vantagens. “Usamos tecido biológico, o que gera menor risco de infecção da válvula, tem menor custo e o paciente não precisa tomar a medicação específica”, afirmou.