The Lancet: Procedimentos cirúrgicos oncológicos devem dobrar até 2040

Segundo artigo publicado na mais recente edição da revista The Lancet Oncology, em julho, a necessidade de procedimentos cirúrgicos só relacionados ao câncer aumentará mais de 50% até 2.040. “Não há dúvidas de que precisamos unir esforços em torno da pandemia. Porém, o trabalho para conter doenças que são e serão cada vez mais incidentes, como o câncer e as complicações cardiovasculares não podem parar. Elas estão cada vez mais demandando dos profissionais de saúde. Os desafios serão avançar em formação, tecnologia, humanização e monitorar as doenças e os avanços essenciais para combatê-las”, analisa Luiz Augusto Maltoni, médico cirurgião e diretor-executivo da Fundação do Câncer. Nos últimos 18 meses, a Covid-19 transformou o cenário da saúde pública no mundo e os esforços foram voltados para seu entendimento e combate. Profissionais cansados, investimentos parados, exames e tratamento adiados e, paralelamente, outras enfermidades necessitando de atenção.

Para o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), César Eduardo Fernandes, o acompanhamento da evolução das tecnologias e a modernização são essenciais na área de saúde hoje, especialmente sobre as doenças crônicas. “Acompanhamos com admiração a evolução da Oncologia em décadas recentes. São riquíssimas as ferramentas e o conhecimento científico visando ao diagnóstico precoce, assim como os modernos tratamentos com bases moleculares que mudaram substancialmente o prognóstico das doenças, elevando a sobrevida dos pacientes enfermos, garantindo-lhes mais qualidade em seus dias”, destaca. O representante da AMB reforça a importância do avanço em pesquisas e terapêuticas oferecidas para tratar o câncer e a necessidade de manter a assistência humanizada. “É preciso humanizar a saúde e aliar tecnologias e formação para enfrentar o crescimento de doenças como o câncer”, enfatiza.

Desigualdade permanente x inovação em Oncologia

A publicação da The Lancet Oncology, alerta para o fato de que os países de baixa renda terão pelo menos 5% de crescimento da necessidade de procedimentos em Oncologia. E ainda, que milhares de cirurgiões e anestesistas seriam necessários para suprir esta demanda.

À Fundação do Câncer coube pilotar uma iniciativa para incentivar os profissionais e instituições da área oncológica, com a criação do Prêmio Marcos Moraes de Pesquisa e Inovação para o Controle do Câncer. “A demanda por profissionais, formação, tecnologia e estrutura será imensa. Estamos agindo agora: é a hora! Incentivo, fomento à projetos, prêmios de reconhecimento são importantes. O Prêmio Marcos Moraes está dentro do escopo do projeto InovaCAN, que a Fundação do Câncer vem desenvolvendo, com um leque de iniciativas para acompanhamento dos pacientes, estruturação das entidades da área de Oncologia para oferecerem o melhor atendimento e o estudo sobre o que de mais moderno pode ser ofertado na assistência, aliando prática e humanização. É estruturar e oferecer tratamento com mais monitoramento de resultados; é acompanhar a evolução da doença e combater os danos com avanços reais de sistemas, tempo, recursos humanos e resultados. É inovação. É o futuro!”, destaca Maltoni.

Avanços

O médico epidemiologista e consultor da Fundação do Câncer, Alfredo Scaff, ressalta que as doenças crônicas necessitam de atenção e monitoramento especiais. “Quando se fala em fomentar inovação, devemos pensar em três aspectos: formação, para evitar a sobrecarga dos profissionais da linha de frente; comunicação, que é uma poderosa arma contra fake news, um problema à parte na saúde pública; e tecnologia. Inovar na saúde vai desde apresentar iniciativas para uma vida saudável à população até monitorar as estratégias de indústrias cujos produtos produzem doenças, como a do tabaco. Precisamos lidar com estes pontos e ainda lutar contra as iniquidades em saúde. A desigualdade no acesso à assistência e prevenção ainda é m uito grande”, destaca o epidemiologista.

O consultor-médico da Fundação do Câncer destaca ainda, que o avanço de doenças como o câncer vai afetar desproporcionalmente os países de baixa e média rendas. Desta forma, segundo Scaff, resta às instituições dialogarem, apoiarem movimentos e ações de inovação, formação, aumento e otimização das bases de registro de câncer, que tenham mais informações e de melhor qualidade sobre quem já está em tratamento. “O apontamento feito pela publicação da The Lancet Oncology nos sugere que também é preciso melhorar os diagnósticos, o tempo de espera por tratamento para que seja amenizado o impacto dessas projeções de crescimento de doenças como o câncer, corrigindo erros e desigualdades”, conclui.

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