Ciência e pesquisa são a base das políticas de saúde

Por Fernando Silveira Filho

O Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho, é uma data de grande importância para a saúde, pois celebra uma atividade e um exercício profissional fundamentais para o avanço dos procedimentos, tecnologias e processos do sistema médico-hospitalar. Exemplo muito claro disso verificou-se na pandemia da Covid-19, na qual a mobilização da área de P&D, nas universidades e indústrias do setor, foi decisiva no encontro de soluções rápidas para prover vacinas, respiradores e equipamentos que salvaram milhões de vidas no Brasil e no mundo.

É necessário fomentar a ciência e a pesquisa, em todas as frentes, para que o Brasil alcance um patamar mais elevado de desenvolvimento, conquiste ganhos elevados de competitividade e que possa competir internacionalmente. Na área da saúde, trata-se de algo ainda mais imprescindível. Entendemos que o conhecimento científico aplicado na produção de equipamentos e processos seja relevante no sentido de contribuir para ampliar o acesso da população, tanto quantitativo como qualitativo, a tratamentos cada vez mais eficazes e humanizados.

É o que preconizamos na ABIMED – Associação Brasileira da Indústria de Tecnologia para Saúde, que representa 200 empresas associadas na área de equipamentos, produtos e suprimentos médico-hospitalares, que respondem por 65% do faturamento do segmento no País. Diante da prioridade do fortalecimento e avanço de P&D, preocupa-nos a redução de recursos para o setor que vem ocorrendo no Brasil.

Em 2020, o Governo Federal investiu em ciência e tecnologia menos recursos do que aplicava no setor em 2009. Foram R$ 17,2 bilhões, ante R$ 19 bilhões há doze anos, em valores corrigidos pela inflação. É o que apontou levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado pela imprensa.

Ademais, já faz quase uma década que o governo não reajusta o valor das bolsas da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), principal fonte de financiamento de pesquisas no nosso país. Em 2022, o problema repete-se, lembrando que na sanção do orçamento para o exercício, o governo vetou 13% do valor destinado ao órgão. São R$ 12 milhões a menos que o aprovado pelo Congresso Nacional. Um dos mais danosos efeitos colaterais da redução desses aportes é o êxodo de talentos, pois muitos cérebros começam a buscar oportunidades no exterior para realizar suas pesquisas.

Assim, por ocasião do Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, cabe uma reflexão mais aprofundada sobre o significado do apoio a esse setor tão decisivo para o Brasil. No caso específico da saúde, trata-se de valorizar a vida e de garantir que a população tenha atendimento médico-hospitalar cada vez melhor.


*Fernando Silveira Filho é presidente-executivo da ABIMED – Associação Brasileira da Indústria de Tecnologia para Saúde.

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