Cibersegurança: quando proteção digital também salva vidas

Por Daniel Tieppo

Nos últimos anos, a saúde se consolidou como um dos principais alvos de ciberataques no Brasil. Só em 2024, hospitais, clínicas, laboratórios e operadoras de planos registraram um crescimento acelerado de incidentes envolvendo ransomware, vazamentos de dados e invasões de sistemas críticos. O que antes era visto como um problema de ordem tecnológica ou financeira, hoje expõe uma dimensão muito mais séria: estamos lidando com vidas.

Casos recentes mostram que hackers já são capazes de paralisar redes hospitalares inteiras ou até alterar resultados de exames. Esse cenário escancara a urgência de integrar a cibersegurança como parte da infraestrutura essencial do setor, assim como energia elétrica, equipamentos médicos ou suprimentos. Afinal, de que adianta contar com a mais avançada tecnologia de diagnóstico ou com equipes altamente qualificadas se os sistemas que sustentam esse ecossistema podem ser comprometidos em questão de segundos?

É preciso compreender que cibersegurança não é apenas um investimento em ferramentas. Trata-se de uma cultura organizacional que deve permear todos os níveis das instituições de saúde. Sem uma mentalidade coletiva de proteção, qualquer vulnerabilidade pode ser explorada, com impactos que vão muito além do financeiro: cancelamento de cirurgias, compromissos na precisão de exames, indisponibilidade de históricos médicos e até manipulação de informações sensíveis.

Na minha visão, a resposta a essa ameaça passa por três pilares fundamentais:

  1. Prevenção contínua: com processos de atualização, testes e auditorias constantes.
  2. Monitoramento em tempo real: capaz de detectar e neutralizar tentativas de ataque antes que elas avancem.
  3. Conscientização de equipes: garantindo que médicos, enfermeiros, gestores e demais colaboradores estejam preparados para agir de forma segura no ambiente digital.

O setor da saúde já figura, desde a pandemia, entre os mais atacados do país, ao lado do financeiro. Essa realidade exige um reposicionamento estratégico: a cibersegurança deve ser tratada não como um custo, mas como um investimento indispensável à continuidade dos serviços e à confiança da sociedade.

Ao integrar essa cultura de forma sólida, o setor ganha resiliência e a capacidade de reagir com rapidez frente a incidentes inevitáveis. E aqui está a grande virada de chave: proteger sistemas e dados não significa apenas preservar reputações ou evitar prejuízos milionários. Significa salvar vidas.


*Daniel Tieppo é Diretor Executivo da HexaDigital.

Damos valor à sua privacidade

Nós e os nossos parceiros armazenamos ou acedemos a informações dos dispositivos, tais como cookies, e processamos dados pessoais, tais como identificadores exclusivos e informações padrão enviadas pelos dispositivos, para as finalidades descritas abaixo. Poderá clicar para consentir o processamento por nossa parte e pela parte dos nossos parceiros para tais finalidades. Em alternativa, poderá clicar para recusar o consentimento, ou aceder a informações mais pormenorizadas e alterar as suas preferências antes de dar consentimento. As suas preferências serão aplicadas apenas a este website.

Cookies estritamente necessários

Estes cookies são necessários para que o website funcione e não podem ser desligados nos nossos sistemas. Normalmente, eles só são configurados em resposta a ações levadas a cabo por si e que correspondem a uma solicitação de serviços, tais como definir as suas preferências de privacidade, iniciar sessão ou preencher formulários. Pode configurar o seu navegador para bloquear ou alertá-lo(a) sobre esses cookies, mas algumas partes do website não funcionarão. Estes cookies não armazenam qualquer informação pessoal identificável.

Cookies de desempenho

Estes cookies permitem-nos contar visitas e fontes de tráfego, para que possamos medir e melhorar o desempenho do nosso website. Eles ajudam-nos a saber quais são as páginas mais e menos populares e a ver como os visitantes se movimentam pelo website. Todas as informações recolhidas por estes cookies são agregadas e, por conseguinte, anónimas. Se não permitir estes cookies, não saberemos quando visitou o nosso site.

Cookies de funcionalidade

Estes cookies permitem que o site forneça uma funcionalidade e personalização melhoradas. Podem ser estabelecidos por nós ou por fornecedores externos cujos serviços adicionámos às nossas páginas. Se não permitir estes cookies algumas destas funcionalidades, ou mesmo todas, podem não atuar corretamente.

Cookies de publicidade

Estes cookies podem ser estabelecidos através do nosso site pelos nossos parceiros de publicidade. Podem ser usados por essas empresas para construir um perfil sobre os seus interesses e mostrar-lhe anúncios relevantes em outros websites. Eles não armazenam diretamente informações pessoais, mas são baseados na identificação exclusiva do seu navegador e dispositivo de internet. Se não permitir estes cookies, terá menos publicidade direcionada.

Visite as nossas páginas de Políticas de privacidade e Termos e condições.

Importante: A Medicina S/A usa cookies para personalizar conteúdo e anúncios, para melhorar sua experiência em nosso site. Ao continuar, você aceitará o uso. Veja nossa Política de Privacidade.