Complexo Hospitalar de Niterói cria Time Virtual de Endocardite
Visando minimizar o agravamento dos pacientes e discutir de forma ágil os casos clínicos, o Complexo Hospitalar de Niterói (CHN) criou um serviço inédito na rede privada, o Time Virtual de Endocardite. De acordo com a cardiologista Kátia Luz, que lidera o projeto, o objetivo das discussões on-line é oferecer o melhor e mais rápido tratamento para os pacientes com a patologia, já que a pandemia dificultou as reuniões presenciais entre os especialistas.
“A endocardite é uma doença grave, de alta mortalidade hospitalar, podendo chegar a 30%. Além de ser complexa, já que pode acometer outros órgãos, frequentemente, tem indicação de cirurgia cardíaca. Por isso, é necessário um time multidisciplinar de especialistas para debater o tratamento individualizado para cada paciente. Durante a pandemia, como as reuniões presenciais estavam suspensas, decidimos formar um time virtual para que os pacientes continuassem se beneficiando das discussões”, afirma a médica que, até o momento, já abordou 15 casos pós Covid.
Na prática, médicos de diferentes áreas como cardiologia clínica e intensiva; ecocardiografia; cirurgia cardíaca; medicina nuclear; comissão de infectologia e nefrologia avaliam e discutem virtualmente, uma vez por semana, todos os casos de endocardite do hospital para definir as alternativas terapêuticas para o melhor desfecho dos pacientes.
O Time de Endocardite do Complexo Hospitalar de Niterói é composto pelos médicos Kátia Luz, cardiologista; Rafael Azevedo, cardiologista da UTI cardiológica coordenada por Ronaldo Vegni; João Tress, cardiologista ecocardiografista; Daniel Neves, radiologista cardiovascular; Mário Amar, cirurgião cardíaco; professora Áurea Grippa, cardiopediatra; professor Evandro Tinoco, cardiologista; professor Cláudio Tinoco, especialista em medicina nuclear; Andrea Ávila e representantes da infectologia e nefrologia.
“Durante os encontros virtuais, apresentamos os exames dos pacientes, relatamos a evolução clínica e decidimos a melhor conduta a ser adotada em cada caso. É fundamental que a discussão sobre a endocardite seja multidisciplinar, já que se trata de uma doença grave que provoca sérias complicações em pacientes cardiopatas com múltiplas comorbidades, como insuficiência renal crônica, diabetes, colocação de marca-passo e válvulas cardíacas etc. Logo é um paciente que precisa ser visto como um todo e por múltiplas especialidades”, finaliza a cardiologista Kátia Luz.