Inteligência artificial não irá substituir o papel do médico
A tecnologia permitirá o médico se concentrar no que realmente importa: a saúde do seu paciente. Isso é o que acredita Ricardo Moraes, cardiologista e diretor médico de soluções digitais B2B da Afya. A fala do médico vem na esteira de dois estudos recentes publicados por importantes revistas científicas que têm ganhado repercussão na imprensa. O mais recente, publicado na revista científica JAMA Pediatrics, demonstrou que o ChatGPT errou no diagnóstico de 83% de casos pediátricos.
Já a publicação do European Heart Journal apresentou diversos potenciais da inteligência artificial na área da cardiologia, como melhoria na precisão diagnóstica e prognóstica; aprimoramento da triagem e seleção de pacientes para ensaios clínicos; incluindo a automação de tarefas administrativas e desenvolvimento de modelos de linguagem para resumir e simplificar informações clínicas complexas.
“Estudos como esses só mostram que a tecnologia não irá substituir a essência humana da medicina e a inteligência artificial não irá substituir o médico. A interface do médico será sempre necessária e a tecnologia é a ferramenta que vai permitir acesso a um conteúdo muito maior de informações médicas acelerando os processos de descoberta, de tomada de decisão clínica, além de colaborar nas questões burocráticas, no seu dia a dia, aproveitando as informações condensadas de fontes diferentes”, explica Moraes.
Para o médico, o debate sobre a utilização da inteligência artificial na saúde será ainda maior em 2024. Estudos estão sendo realizados e publicados em todo o mundo sobre o avanço dessa tecnologia, sua real eficiência e seus benefícios para o paciente. Dentre os temas mais abordados está o uso de chatbots, como o ChatGPT.