O que está no centro da saúde digital em 2025?

Por Miguel Gomes

Você já percebeu como a tecnologia se tornou essencial para o setor da saúde? Com a melhoria da conectividade e a automação de serviços, estamos vendo uma verdadeira revolução. Por exemplo, aplicativos e dispositivos vestíveis, como smartwatches e anéis inteligentes, monitoram nossa saúde o tempo todo. Esses dispositivos, que têm evoluído rapidamente, agora detectam anomalias, emitem alertas e fornecem recomendações em tempo real, ajudando a prevenir doenças graves como infartos. Em 2023, o Brasil já contava com 480 milhões de dispositivos digitais em uso, representando uma média de 2,2 dispositivos por habitante, de acordo com o Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV-EAESP).

Além disso, os sistemas de aprendizado de máquina estão recomendando condutas terapêuticas baseadas em protocolos e evidências científicas. Isso significa que os tratamentos podem ser ajustados conforme o histórico de cada paciente, tornando-os mais eficazes.

As organizações de saúde também estão aproveitando essas tecnologias para melhorar a gestão de clínicas e hospitais. Isso torna a administração mais personalizada e eficiente, ajudando a reduzir custos e enfrentar desafios. A automação na gestão hospitalar é um grande avanço, pois reduz a burocracia em processos como agendamento, faturamento, controle de estoque, triagem de pacientes e gestão do centro cirúrgico. Com isso, os profissionais de saúde podem focar mais na assistência aos pacientes.

Outro ponto importante são as plataformas integradas, que promovem o compartilhamento eficiente de informações entre médicos, laboratórios, hospitais e pacientes. Com isso há um aumento da segurança e da eficiência no atendimento.

Ainda no contexto da evolução da saúde digital, a inteligência artificial e a automação permitem analisar grandes volumes de dados, otimizando o trabalho em hospitais e clínicas. Os sistemas de aprendizado de máquina recomendam tratamentos baseados em protocolos e evidências científicas, personalizando-os para cada paciente. Isso garante que cada pessoa receba o tratamento mais adequado para sua condição.

Nos últimos cinco anos, é perceptível que houve uma maior conexão da população a serviços, que antes eram restritos, democratizando o acesso à saúde no Brasil e na América Latina. A tecnologia tem um papel fundamental nesse avanço que tivemos na prevenção, diagnóstico precoce e tratamento imediato das doenças.

Sustentabilidade em alta

Uma tendência crescente para este ano é a busca pela sustentabilidade nos sistemas de saúde, focando em modelos de pagamento baseados em valor (value-based healthcare). Nesse modelo, profissionais e instituições são remunerados com base nos desfechos clínicos positivos alcançados pelos pacientes, em vez do volume de procedimentos realizados.

O uso de big data e analytics fundamenta a alocação de recursos e a definição de políticas de reembolso, mensurando resultados clínicos, taxas de reinternação e índices de satisfação dos pacientes. A ênfase na prevenção, com incentivo ao cuidado preventivo e ao manejo adequado de condições crônicas, visa reduzir custos a longo prazo e promover um estado de saúde mais equilibrado.

Ademais, a sustentabilidade e a responsabilidade social têm guiado cada vez mais decisões no mercado da saúde. Hospitais verdes, com economia de energia, gestão de resíduos e uso de fontes renováveis, estão se tornando critérios de excelência e diferencial competitivo. A responsabilidade social corporativa fortalece a relação com a comunidade e apoia projetos de inclusão e prevenção de doenças.

O mercado da saúde em 2025 estará mais conectado, tecnológico e orientado a resultados. A convergência entre inteligência artificial, medicina de precisão, telemedicina e modelos de pagamento baseados em valor e deverá revolucionar a forma como os cuidados são prestados e financiados. Além disso, a saúde mental e a sustentabilidade continuarão em pauta, evidenciando a importância de um setor que precisa, simultaneamente, lidar com desafios de infraestrutura e manter o ser humano — paciente, família e profissionais — no centro das atenções.


*Miguel Gomes é CEO do Grupo Vivhas e fundador da Vivere.

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