Câncer colorretal: estudo aponta importância da ressonância magnética

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima, para o triênio de 2023 a 2025, mais de 45 mil casos de câncer colorretal por ano. A incidência da doença perde apenas para os diagnósticos de câncer de mama nas mulheres e o de próstata nos homens. Diante deste cenário, o estudo intitulado “Avanços na avaliação baseada em ressonância magnética (RM) da terapia pós-neoadjuvante do câncer retal: uma revisão abrangente”, publicado no Journal of Clinical Medicine, aponta que a realização da ressonância magnética é crucial para avaliar a resposta do câncer ao tratamento, detectar novos locais da doença, reavaliar a extensão da mesma e planejar o tratamento dos pacientes.

De acordo com Lucas de Pádua Gomes de Farias, médico radiologista e Coordenador de Educação da Alliança Saúde, Ph.D. em Radiologia pela Faculdade de Medicina da USP, e um dos autores do artigo, o rastreamento do câncer colorretal envolve alguns exames , como endoscopias (colonoscopia ou retossigmoidoscopia), marcadores tumorais e pesquisa de sangue oculto nas fezes . Após a confirmação do diagnóstico, será preciso definir a estratégia de tratamento. Neste contexto, os exames de imagem tem um papel muito importante. “A ressonância magnética é um dos principais exames no planejamento do tratamento da doença, por conseguir demonstrar a relação do tumor com os órgãos e estruturas próximas, com precisão e detalhes superiores a outros métodos de imagem, além de detectar possíveis metástases e ajudar o oncologista a definir a melhor conduta”, explica o médico.

Um dos pontos analisados no estudo reafirma a importância da medicina personalizada, que vem com o propósito de individualizar o tratamento, tornando-o mais assertivo. “Com a acurácia da ressonância magnética, aliada a outros exames de imagem, avaliações o oncologista e a equipe multidisciplinar terão como planejar uma estratégia para garantir que os pacientes tenham a maior probabilidade de se beneficiarem do tratamento empregado, que pode incluir terapias neoadjuvantes, quando qualquer tratamento é realizado antes de uma ressecção cirúrgica definitiva, ou mesmo tratamentos com preservação de órgãos, incluindo o tratamento não operatório.. É uma abordagem promissora no melhor atendimento ao paciente”, completa Lucas de Pádua.

Inteligência Artificial

O radiologista destaca também que a tecnologia é primordial nos avanços dos diagnósticos e tratamentos do câncer colorretal. Durante a rotina de aquisição de imagens em pacientes, há muitas variações de parâmetros nos exames, que dependem do aparelho, da resolução e técnicas de imagem, da posição do paciente, e da espessura do corte, por exemplo, dificultando, algumas vezes, o trabalho dos médicos radiologistas ao comparar resultados de exames realizados entre diferentes instituições, e para interpretar com precisão o estágio da doença.

Segundo ele, isso tem mudado muito ao longo dos anos com o surgimento de novas tecnologias. Para contribuir com laudos mais precisos, os médicos podem contar com o auxílio de ferramentas baseadas em Inteligência Artificial, como a Radiômica (do inglês, Radiomics), uma técnica que envolve a extração e a análise de inúmeras características quantitativas e qualitativas de imagens médicas. “Com grande potencial, e ainda disponíveis para fins de pesquisa, as plataformas de Radiômica recebem as imagens enviadas, incluindo tomografia computadorizada, ressonância magnética e PET-CT, e apresenta dados de alta dimensão, permitindo mais precisão no estadiamento da doença e identificando se aquele paciente, que já passou por uma cirurgia, está de fato evoluindo bem ao tratamento. Isso pode permitir, por exemplo, que cicatrizes cirúrgicas, não sejam confundidas a olho nu com um novo tumor”, relata Lucas de Pádua. O profissional também ressalta que a radiologia e os métodos de diagnósticos por imagem, irão fazer parte do seguimento contínuo do paciente após o tratamento do câncer colorretal: “É necessário o seguimento multidisciplinar oncológico, do qual o médico radiologista faz parte. O acompanhamento regular permite a detecção precoce de sinais de recorrência da doença ou metástases, o que pode aumentar significativamente as chances de sucesso no tratamento”, conclui o radiologista.

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