Câncer de pulmão é o que mais mata no Brasil
Dados disponíveis no Observatório da Saúde Pública, da Umane, revelam que os cânceres de traqueia, brônquios e pulmão são os que mais matam no Brasil. De acordo com DATASUS – SIM, em 2022 a taxa de mortalidade por câncer de pulmão foi de 14,5 a cada cem mil habitantes. O número absoluto foi de 29.576 mortes. 54% dos mortos por este câncer eram homens (16.008) e 46% mulheres (13.567).
Os dados mostram que a predominância dos óbitos está em pessoas com 65 anos ou mais (68% ou 20.176 pessoas no total), sendo 8.854 mulheres e 11.322 homens no total. A faixa etária seguinte com mais mortalidade é a de 55 a 64 anos, com 6.681 mortos (23%) no total. 56% das mortes aconteceram entre a população com menos escolaridade (com até 7 anos de estudo), 16.655 no total.
Uso de cigarro eletrônico é alerta global
A doença está diretamente relacionada ao fumo. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostraram que 150 países reduziram com sucesso o consumo de tabaco, mas de acordo com a Covitel 2023, no relatório disponível no Observatório da APS, tem aumentado o número de usuários de Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF), especialmente entre os jovens.
A prevalência de experimentação de cigarro eletrônico no Brasil foi de 7,3% no primeiro trimestre de 2022 e 8% no primeiro trimestre de 2023. As maiores prevalências ocorreram na faixa etária de 18 a 24 anos, em ambos os períodos: 20% no primeiro trimestre de 2022 e 24% no segundo trimestre de 2023.
Os DEF são regulados no Brasil desde 2009 e têm reduzido os riscos de exposição deste produto na sociedade brasileira, em especial os riscos aos jovens. Eles têm sua comercialização, importação e propaganda proibidas no Brasil desde 2009 com a edição da Resolução nº 46 da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – RDC 46/2009.
