Pesquisadores brasileiros adaptam protocolo internacional para melhorar o controle do câncer infantil no Brasil

Especialistas em câncer do Brasil que representam renomadas instituições do país, como a Fundação do Câncer, o Inca e o Instituto Desiderata, conduziram um estudo piloto inédito sobre o estadiamento do câncer infantil no país, considerando o Registro de Câncer de Base Populacional, a partir do protocolo internacional Estadiamento de Toronto. Para isso, foi preciso traduzir e padronizar as análises, essencial para definir o estadiamento dos tumores, avaliar o prognóstico e verificar a sobrevida dos pacientes.

De acordo com Rejane Reis, bióloga e epidemiologista da Fundação do Câncer e uma das autoras, a pesquisa revelou desafios e potencialidades da padronização. Publicada com o título ‘Feasibility and stage at diagnosis for children with cancer: a pilot study on population-based data in a middle-income country using the Toronto Childhood Cancer Stage Guidelines’, a pesquisa analisou as informações dos Registros de Câncer de Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT) e Curitiba (PR) e teve por objetivo avaliar a possibilidade de incluir essa classificação na rotina de coleta de dados sobre câncer infantil, permitindo análises mais consistentes do estágio da doença no momento do diagnóstico. “Saber o estágio no diagnóstico é fundamental para avaliar a efetividade do tratamento em relação à sobrevida. Idealmente, pacientes diagnosticados em estágios iniciais e tratados de forma oportuna apresentam melhores taxas de sobrevida. Atualmente, sem essa padronização, não é possível obter essa informação de forma consistente”, diz Rejane.

Embora as taxas de sobrevida de câncer infantil no Brasil sejam inferiores às de países de alta renda, foi possível perceber com o estudo que a proporção de diagnósticos em estágios localizados ou avançado no Brasil é semelhante à observada em regiões como Europa e Austrália. A maioria dos casos (78%) foi classificado como doença localizada ou com comprometimento regional, enquanto apenas 14,3% apresentaram doença metastática ao diagnóstico. Por outro lado, tumores ósseos, como os osteossarcomas, apresentaram um cenário mais preocupante: cerca de 50% dos casos foram diagnosticados com metástases. Já nas leucemias linfoblásticas agudas (LLA), 89% dos casos foram identificados em estágio inicial

“Esses achados sugerem que a doença avançada, por si só, pode não ser o único fator responsável pelas menores taxas de sobrevida no país, indicando a necessidade de outras abordagens para melhorar o prognóstico e os cuidados com câncer infantil no Brasil”, ressalta a bióloga da Fundação do Câncer.

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