28,6% dos pacientes com câncer de apêndice receberam diagnóstico inicial incorreto

Um estudo publicado na revista científica Journal of Surgical Oncology mostram que 28,6% dos pacientes com câncer de apêndice receberam um diagnóstico inicial incorreto de apendicite inflamatória. Pacientes com mais de 75 anos de idade tiveram maior probabilidade de serem diagnosticados erroneamente do que aqueles com idades entre 65 e 75. O câncer de apêndice ocorre no apêndice, que é uma bolsa fina que fica presa ao intestino grosso e fica na parte inferior direita do abdome. A doença surge quando as células do apêndice mudam e crescem significativamente.

Com baixa incidência no mundo, registrando de 0,2 a 0,5 casos para cada 100 mil habitantes, o câncer de apêndice é dividido em diferentes tipos, sendo que o mais comum é o tumor neuroendócrino (comumente chamado de tumor carcinóide). Ele costuma ser indolente (de crescimento lento) e representa cerca de metade dos cânceres de apêndice. “Por seu caráter indolente, é comum a doença evoluir sem ser diagnosticada. Porém, é importante que, na persistência de sintomas abdominais, se investigue a possibilidade de câncer, não apenas de apendicite, para que a doença seja descoberta antes que evolua para uma forma mais avançada”, destaca o cirurgião oncológico Rodrigo Nascimento Pinheiro, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e titular do Hospital de Base, de Brasília.

Outros tipos de tumores de apêndice são as neoplasias epiteliais, como o adenocarcinoma de apêndice, que são tumores que começam nas células que revestem o interior do apêndice e podem ser tratados de forma semelhante ao câncer colorretal.

Os sintomas de câncer de apêndice variam de paciente para paciente e alguns não apresentam nenhum sintoma prévio. No entanto, sintomas que podem ocorrer são dor na região do estômago ou da pelve, inchaço e ascite (líquido no abdômen). Havendo a suspeita de câncer, o diagnóstico é feito a partir de biópsia, tomografia computadorizada, ressonância magnética e ultrassom abdominal. “A doença costuma evoluir de forma silenciosa e, quando surgem esses sintomas, eles são inespecíficos. Por conta disso, é fundamental que sejam considerados também outros fatores como a idade do paciente, histórico médico e tipo de câncer suspeito. A doença é mais comum em homens, principalmente após os 60 anos, mas também pode ocorrer em pessoas mais jovens, como foi o caso do ator Adan Canto”, explica Pinheiro.

Fatores de risco

Os fumantes têm maior probabilidade de desenvolver câncer de apêndice do que os não fumantes. Outro fator de risco é o histórico familiar, sendo que pacientes com histórico familiar de câncer de apêndice ou de algumas síndromes genéticas correm maior risco de desenvolver a doença. Deve haver maior atenção por parte de quem tem histórico de certas condições médicas, como gastrite atrófica ou anemia perniciosa, que afetam a capacidade do estômago de produzir ácido.

Cirurgia é o principal tratamento para câncer de apêndice

O planejamento terapêutico, que define as opções de tratamento, é feito de acordo com informações clínicas do paciente, tipo de câncer de apêndice e estadiamento (fase de descoberta da doença). O tratamento mais comum para câncer de apêndice é a cirurgia oncológica. As cirurgias podem ser uma apendicectomia (remoção completa do apêndice), hemicolectomia (remoção de uma parte do cólon próxima ao apêndice); cirurgia de citorredução (nesta, os tumores e o fluido circundante são removidos).

A cirurgia de citorredução (também conhecida como peritonectomia), pode ser recomendada se a doença se espalhar além do apêndice e envolver outras áreas do abdômen. Pode haver a recomendação de remoção do peritônio (membrana que reveste todo abdômen internamente e suas vísceras). Os demais tratamentos indicados podem ser a quimioterapia sistêmica e a quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC).

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