Cirurgias robóticas ganham espaço durante a pandemia
A pandemia da Sars-Cov-2 afetou a rotina de diversos hospitais em todo mundo. Essas instituições, que rotineiramente já possuem uma preocupação muito grande com a segurança de pacientes e profissionais de saúde e se guiam por rígidos protocolos, colocaram em prática medidas adicionais para garantir o bom funcionamento das estruturas de cuidado. Nesse sentido, as cirurgias robóticas mostraram-se uma importante estratégia para continuidade do cuidado para aqueles pacientes que não podem esperar para resolver alguma questão de saúde.
“A cirurgia com robôs é menos invasiva, com menos sangramento, reduz o tempo de internação e o risco de infecção, além de acelerar o retorno do paciente à vida normal”, explica o médico Gustavo Cardoso Guimarães, coordenador do Programa de Cirurgia Robótica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. “Nos primeiros meses da pandemia tivemos uma redução no volume de procedimentos, mas graças a protocolos de segurança rígidos conseguimos voltar mais rapidamente e evitar o agravamento de doenças”.
Em 2020 foram realizadas mais de 1 milhão de cirurgias robóticas ao redor do mundo e no acumulado desde o surgimento dos robôs cirúrgicos cerca de 8,5 milhões de pacientes já foram operados, sendo que o Brasil realizou aproximadamente 15 mil desse total. No decorrer do último ano, 75% dos procedimentos realizados na BP corresponderam a procedimentos na especialidade de Urologia, seguido por cirurgias do aparelho digestivo e cirurgias do tórax.
A instituição acaba de realizar a 500ª cirurgia com o robô da Vinci Xi, que conta com o auxílio de uma mesa integradora que se movimenta de acordo com os comandos dados pelo cirurgião. As cirurgias robóticas já ocorrem na BP há 3 anos e contam com o apoio de uma equipe multidisciplinar dedicada para a condução dos procedimentos, o que garante a segurança dos pacientes, especialmente em um momento como este que vivemos.
“A cirurgia robótica vem crescendo no Brasil e no mundo com impactos positivos na saúde dos pacientes e na formação dos médicos”, diz o médico. “Investir em tecnologias como cirurgia robótica é tão essencial quanto evitar que as pessoas adoeçam”, conclui Gustavo.