85% dos brasileiros afirmam terem tido boa ou ótima experiência com telemedicina
Com a chegada da Covid-19 no país e no intuito de evitar a disseminação do vírus, profissionais de todas as áreas precisaram se adaptar ao novo cenário e encontraram na tecnologia uma grande aliada. A telemedicina, uma opção até então pouco explorada, surgiu como alternativa para aqueles que precisavam de um especialista, mas não se sentiam seguros para se deslocar até clínicas ou hospitais, devido ao alto nível de contaminação do Sars-CoV-2. Apesar das inseguranças iniciais, hoje, pouco mais de um ano depois, entre os brasileiros que já utilizaram a telemedicina, 85% consideram a experiência boa (52%) ou ótima (33%), segundo pesquisa realizada pela Doctoralia.
O estudo ouviu 5.961 pessoas e buscou analisar a relação entre a adoção das consultas a distância no Brasil e a percepção dos pacientes sobre a efetividade do tratamento remoto. A conclusão é de que para os brasileiros, a telemedicina não se tornou popular apenas durante o cenário atual, mas passará a ser opção para 81% das pessoas, que afirmam querer seguir utilizando essa modalidade de atendimento mesmo após o fim da pandemia, pois confiam em sua eficácia.
De maneira geral, a confiança na telemedicina é ampla. Mesmo entre aqueles que a conhecem, mas ainda não passaram pela experiência, 66% deles declaram que caso precisassem ou surgisse a oportunidade, agendariam um horário para a consulta virtual. “As consultas online, além de contribuírem para suprir a alta demanda e melhorar a capacidade de atendimento, têm ajudado a salvar vidas, especialmente para pessoas pertencentes aos grupos considerados de risco. Por isso, acreditamos se tratar de um caminho na medicina que veio para ficar”, aponta Cadu Lopes, CEO da Doctoralia no Brasil.
Legislação
A pandemia foi responsável por acelerar o processo que já estava em curso, mas andava a passos lentos: a regulamentação da telemedicina, uma saída para conseguir manter os atendimentos com mais segurança para médicos e pacientes. No ano passado, a modalidade foi percebida como uma aliada nas estratégias de combate e prevenção à Covid-19 e, com isso em mente, em abril de 2020, foi sancionada a Lei nº 13.989/20, que permite o uso de telemedicina no Brasil, pelo menos enquanto durar a crise provocada pela pandemia.
“Há um ano enfrentando a Covid-19, o país já ultrapassou as 330 mil mortes e diariamente crava uma batalha em prol das medidas de segurança, incluindo o isolamento social. Por isso, a telemedicina segue sendo a forma mais segura de cuidar de toda a população, uma vez que por meio das consultas remotas, haverá ampliação do acesso à saúde e, consequentemente, poderá ser evitada a exposição ao vírus”, completa o CEO da Doctoralia.