BNDES anuncia linha de crédito de R$ 2 bilhões para a saúde
Com o intuito de promover o equilíbrio econômico de um dos setores mais afetados pela pandemia de Covid-19, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a liberação de R$ 2 bilhões para hospitais e laboratórios privados com faturamento maior que R$ 300 milhões por ano.
A pandemia desestabilizou muitas empresas do setor de diagnóstico ao gerar medo nos pacientes e cancelar exames eletivos. Conforme já apontado pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) a ociosidade dos laboratórios e das clínicas de diagnóstico por imagem chega, respectivamente, a 70% e 90%, o que consolida um cenário preocupante.
“Nosso setor de diagnósticos no Brasil é composto por muitas pequenas empresas que não contam com caixa suficiente para garantir suas necessidades financeiras por tantos meses”, comenta Priscilla Franklim Martins, diretora-executiva da Abramed, lembrando que as grandes empresas também sofreram rupturas, fecharam unidades e seguem na luta pela manutenção de seus serviços.
A fim de ampliar as possibilidades às suas associadas, a Abramed, ao lado de outras entidades do setor, pleiteou, por intermédio da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia (SEPEC), uma nova linha de crédito livre. Necessidade que foi atendida pelo BNDES.
Já a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) manteve diálogo constante e ativo com a empresa pública, a fim de promover a sustentabilidade econômica do setor. Vale destacar que, entre os hospitais associados, a queda de faturamento gira em torno de 30%.
O vice-presidente do Conselho Administrativo da Anahp, Henrique Neves, destaca a importância desta medida. “O programa de financiamento dos hospitais privados anunciado hoje demonstra a sensibilidade da área econômica do governo, especialmente do BNDES, com o impacto da Covid-19 sobre as suas atividades. Este apoio será uma contribuição importante para que os hospitais possam manter a regularidade de suas operações durante o período remanescente da pandemia”.