Bioimpressão pode revolucionar a medicina regenerativa

Por Ricardo Vian

A bioimpressão 3D está emergindo como uma das tecnologias mais promissoras na medicina regenerativa, oferecendo soluções inovadoras para a criação de tecidos e órgãos funcionais. Essa técnica deposita camadas de “biotintas” compostas por células vivas e biomateriais, permitindo a fabricação de estruturas que imitam a complexidade dos tecidos humanos.

Pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) estão explorando o uso de células-tronco mesenquimais na bioimpressão para tratar doenças como cirrose hepática, diabetes tipo 1 e lesões renais. Essas células têm mostrado potencial significativo na regeneração de tecidos danificados, oferecendo novas perspectivas terapêuticas.

Na Europa, o Instituto Murciano de Investigación Biosanitaria (IMIB) participa do projeto 4D-Bioskin, que visa desenvolver a pele humana bioimpressa para aplicações médicas. Essa pele, criada a partir das próprias células dos pacientes, está sendo testada em ensaios clínicos para tratar queimaduras graves e possui o objetivo de melhorar a integração dos implantes e acelerar a cicatrização.

O mercado global do segmento está em rápida expansão. Segundo dados do Mordor Intelligence, o setor movimentou cerca de US$1.44 bilhão em 2024, com projeções de alcançar US$3 bilhões até 2029, impulsionado por avanços tecnológicos e investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

Dessa forma, além de aplicações clínicas, a bioimpressão está revolucionando a pesquisa farmacêutica, pois os modelos de tecidos bioimpressos permitem testes mais precisos de medicamentos, reduzindo a dependência de modelos animais e acelerando o desenvolvimento de novas terapias.

Apesar dos avanços, a bioimpressão enfrenta desafios significativos, como a vascularização adequada dos tecidos impressos e a garantia de funcionalidade a longo prazo. Além disso, questões éticas relacionadas à criação de órgãos e tecidos humanos em laboratório requerem regulamentações claras e debates contínuos na sociedade.

Portanto, é possível concluir que a bioimpressão 3D representa uma fronteira inovadora na medicina regenerativa, com o potencial de transformar tratamentos médicos e salvar vidas. À medida que a tecnologia avança, espera-se que ela desempenhe um papel cada vez mais central na medicina personalizada e na solução de desafios críticos de saúde.


*Ricardo Artur Vian é Coordenador de Qualidade e Suporte Técnico da Corning na América Latina.

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