Grupo alemão compra controle acionário da Afya por US$ 161 milhões
O grupo alemão Bertelsmann é o novo sócio controlador da Afya Limited (NASDAQ: AFYA). Na transação, o grupo de mídia, serviços e educação fechou a compra de seis milhões de ações Classe B (com maior poder de voto) da família Esteves, fundadora da Afya, por US$ 161 milhões. Com isso, a divisão de Educação da Bertelsmann, baseada nos Estados Unidos, passa a ter cerca de 57,5% dos direitos de voto do maior grupo de educação e soluções digitais para o médico do país — já a família fica com cerca de 33,0% dos direitos de voto. Em julho de 2021, a Bertelsmann já havia feito um primeiro grande movimento, comprando toda a posição do Fundo Crescera na Afya: 23.074.134 ações ordinárias Classe B, ou 24,6% do total da companhia.
“Há seis anos acompanhamos de perto a Afya, muito próximos da família fundadora e também das principais lideranças. Este investimento é parte do nosso programa de crescimento `Impulso 25´ e representa um fortalecimento da nossa divisão de educação, que deve gerar receita da ordem de 1 bilhão de euros e EBITDA de 500 milhões de euros no médio prazo”, afirma Thomas Rabe, Chairman e CEO da Bertelsmann.
Com o movimento da Bertelsmann, a família Esteves mantém uma posição relevante no grupo. Do capital total, a fatia dos alemães passa a cerca de 31,0%; enquanto a família fica com cerca de 18,0%. “Estou muito honrado, como fundador da Afya, que iniciou esta jornada em 1999, de passar o controle a um grupo com visão de longo prazo, que nos conhece profundamente e traz ainda mais senioridade e expertise para que a empresa siga crescendo e inovando”, completa Nicolau Esteves.
Para Kay Krafft, CEO da divisão de Educação da Bertelsmann, a Afya se encaixa na estratégia do grupo alemão. “Além da educação, nosso foco está na expansão de soluções digitais e melhoria dos fluxos de trabalho no setor da saúde. Vamos apoiar a Afya nas próximas fases desta estratégia para posicioná-la cada vez mais como a marca parceira dos médicos no país. Assim como nos Estados Unidos, o Brasil tem grande potencial de mercado e crescimento.”