ABIMIP destaca benefícios de Medicamentos Isentos de Prescrição
Antes do início da Covid-19 no Brasil, outra epidemia cresceu no país: a disseminação de Fake News. Porém, ainda no ano passado, a divulgação de notícias falsas, deturpadas ou fora de contexto sobre a pandemia e temas de saúde, foram alimentadas pela rápida repercussão de compartilhamento em mídias sociais, aplicativos de mensagens, sites e até órgãos ditos “científicos”, representando um enorme risco para a saúde das pessoas. Não bastasse o desserviço em um momento tão delicado, até os MIPs (Medicamentos Isentos de Prescrição Médica) foram atacados.
Para amenizar esse tipo de equívoco, a ABIMIP (Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição), por ser umas das principais interlocutoras sobre o tema, tem como missão primordial oferecer acesso às pesquisas e informações confiáveis, alinhadas aos principais Órgãos de Saúde, embasadas em estudos científicos, auxiliando a população a tomar decisões em relação ao autocuidado de forma responsável, consciente e segura, promovendo, assim, mais saúde, além de maior liberdade de escolha.
“O MIPs são parte essencial da saúde, pois permitem que o consumidor possa fazer uso de medicamentos com segurança, qualidade e eficácia comprovadas, para tratar sintomas menores já diagnosticados ou conhecidos, ou como ferramenta essencial de prevenção, como é o caso das vitaminas e dos antioxidantes”, afirma Marli Martins Sileci, vice-presidente executiva da ABIMIP.
Todas as agências regulatórias e órgãos similares de países e regiões como os Estados Unidos e União Europeia garantem que a automedicação é segura. A automedicação consiste no uso de medicamentos isentos de prescrição, por conta própria. No Brasil, por exemplo, para um produto ser comercializado nessa categoria, é necessária a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que tem atuado de forma exemplar na análise e liberação das vacinas contra a Covid-19.
Para que a Agência Reguladora conceda essa aprovação, seus técnicos levam em consideração o atendimento a critérios relacionados ao consumidor e ao produto em si. Analisam se aquele medicamento atua em sintomas que possam ser identificados pelo próprio consumidor e, com isso, se essa pessoa conseguirá escolher, sozinha, o produto mais adequado. Adicionalmente, analisam se cada um dos medicamentos considerados MIP atende a critérios de segurança, atua em tratamentos de curto prazo, predominantemente nos sintomas, e se há ampla e confiável documentação internacional a seu respeito. Portanto, nenhum MIP existe no Brasil sem ter comprovada sua eficácia e segurança para determinado sintoma, quando utilizado adequadamente.
Sobre o tema, é importante ressaltar ainda que, em se tratando de sustentabilidade no sistema de saúde, um estudo realizado pela ILAR (Indústria Latinoamericana de Autocuidado Responsável), avaliou quatro doenças não graves, como resfriado, diarreia, candidíase vaginal e lombalgia, em cinco países (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México), e revelou que as despesas respectivas nos sistemas nacionais de saúde pública chegam a US$ 2,7 bilhões. Ou seja, se 50% dos casos fossem tratados por meio do autocuidado, com medicamentos isentos de prescrição, uma economia substancial poderia ser alcançada. Aproximadamente U$ 1,3 bilhão em sistemas de saúde pública e U$ 2,5 bilhões anualmente na perda de produtividade ligada ao absenteísmo. Vale reforçar também que dores e resfriados causam perdas de U$ 3,9 bilhões nos cinco países. Sendo assim, é possível afirmar que o autocuidado é um importante aliado na sustentabilidade do sistema público de saúde.