Por que a automação inteligente é inegociável na Saúde
Por Claudio Santos
O setor de saúde na América Latina está em plena efervescência tecnológica, com projeções de um mercado que pode gerar ganhos de até US$ 200 bilhões para o segmento no Brasil ainda em 2025, de acordo com o relatório Tendências de Saúde, produzido pela Pixeon em parceria com a Distrito. Nesse cenário de transformação digital acelerada, a Inteligência Artificial (IA) emerge não apenas como uma ferramenta, mas como um pilar estratégico para as instituições de saúde. A automação inteligente, impulsionada pela IA, promete revolucionar a gestão e o atendimento, indo muito além das fronteiras tradicionais de clínicas e hospitais.
A capacidade da IA de aprimorar a segurança dos dados, otimizar a gestão da jornada do paciente e reduzir custos operacionais é inegável. Áreas críticas como triagem, faturamento e controle de exames são diretamente beneficiadas, ganhando em eficiência e precisão. Contudo, para que a automação inteligente atinja seu potencial máximo, é crucial seguir um roteiro bem definido.
O ponto de partida é uma análise interna. Alto volume de documentos processados manualmente, gargalos operacionais, custos elevados de mão de obra e riscos de erros que comprometem a conformidade são alguns desafios que podem ser sanados com o uso correto da tecnologia. Identificar e quantificar essas “dores” operacionais e financeiras é o primeiro passo para justificar a adoção de inovações. Os resultados podem ser os mais variados e positivos: evolução da automação, redução de tempo de análise e de custos operacionais, maior acurácia na leitura e extração de dados e maior produtividade.
Impactos positivos para os negócios
A integração com sistemas legados é outro aspecto fundamental. A nova tecnologia precisa se comunicar harmoniosamente com as plataformas já existentes para garantir a interoperabilidade e o sucesso da jornada digital. Paralelamente, a governança de dados se torna um pilar essencial. A automação inteligente, ao incorporar mecanismos de validação e qualidade desde as etapas iniciais, assegura a segurança, eficiência e conformidade com as regulamentações vigentes.
Uma vez implementada corretamente, a automação inteligente desdobra uma série de impactos positivos. O aumento da eficiência operacional é notável, liberando recursos humanos de tarefas repetitivas para atividades mais estratégicas. A redução de custos é uma consequência direta, minimizando despesas com mão de obra, erros e retrabalho. A precisão dos dados melhora exponencialmente, evitando perdas financeiras e problemas de conformidade. A escalabilidade permite que a empresa cresça de forma sustentável, processando mais informações sem a necessidade de expandir a equipe. Por fim, a governança de dados é fortalecida, garantindo a segurança e a conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
Essa inovação é particularmente valiosa para empresas que fornecem soluções tecnológicas para o setor de saúde, como desenvolvedores de sistemas de prontuário eletrônico e telemedicina, e para organizações que prestam atendimento médico, como hospitais e clínicas. A automação inteligente não é apenas uma tendência, mas uma necessidade imperativa para um futuro da saúde mais eficiente, seguro e alinhado às demandas do século 21.
*Claudio Santos é CEO da SantoDigital.