Autogestões gastaram mais de R$ 30 milhões em ações judiciais de 2017 a 2019
A judicialização segue sendo parte considerável do custo das operadoras de saúde. Pesquisa recém-lançada da UNIDAS (União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde), entidade que representa os planos de saúde de autogestão, em parceria com a Fundação Dom Cabral, mostra uma tendência de alta com custos relativos à processos judiciais. De 2017 a 2019, as despesas somadas renderam um montante de mais de R$ 30 milhões, sendo que 2019 foi o ano em que as operadoras mais gastaram: R$ 11,11 milhões. Danos morais (34% do total), seguido de reclamações sobre reajuste dos planos (15%) são os principais motivos das disputas judiciais entre operadoras e beneficiários.
A pesquisa abrangeu dados de 2017, 2018 e 2019 de 56 operadoras de saúde, que têm em suas carteiras quase 3 milhões de beneficiários. Os custos que ultrapassaram a marca dos R$ 30 milhões são relativos a um universo de 1.225 processos, o que dá um gasto médio de R$ 24.362,98 por ação.
Sobre a Pesquisa Nacional UNIDAS
A UNIDAS promove, anualmente, a realização de uma pesquisa entre entidades filiadas e não filiadas, com o objetivo de conhecer o perfil das instituições de autogestão em saúde. Esta publicação consagrou-se como um importante referencial para identificar as tendências do mercado e auxiliar a tomada de decisões, sendo utilizada por todos os componentes do segmento privado da saúde, inclusive pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Este ano, a operacionalização da análise da 19ª edição contou com uma equipe multidisciplinar, a qual se dedicou ao longo de 10 meses. Participaram desse processo 56 operadoras, totalizando 2.870.755 beneficiários, o que representa 68% do universo total.