Robotização das instituições de saúde e competitividade
Por Jesús Santiago
Robotic Process Automation (RPA) é uma tecnologia que consiste na implementação de software robôs para tornar os processos de rotina, como registros clínicos, históricos de pacientes e processamento de cadastro de fornecedores, mais eficientes. Com o auxílio dela, é possível prestar um atendimento médico otimizado e eficiente ao paciente, além de ser uma ótima oportunidade para potencializar a automação inteligente dos sistemas de saúde, abrindo espaço para a redução de desperdícios e aumento da eficiência dos hospitais e clínicas.
Para se ter uma ideia, aproximadamente 60% das tarefas manuais do setor podem ser automatizadas com o auxílio de RPA. Imagine um cenário onde erros derivados do cansaço ou estresse dos profissionais e trabalhos repetitivos são minimizados? Ao aderir à robótica, o setor de saúde tende a ganhar em diversas frentes, incluindo:
Histórico e registro de pacientes: a digitalização dos registros dos pacientes vincula seu passado ao atendimento atual (já registrado em formato digital), o que possibilita a consulta em tempo real por diferentes especialistas. Dessa forma, o acesso aos dados de atendimento médico é aprimorado, obtendo uma visão 360º das informações do paciente.
Telemedicina: um elemento importante para clínicas, sanatórios e hospitais é o treinamento de profissionais. Para isso, é necessário integrar ferramentas e softwares que garantam uma boa qualidade de transmissão combinada com a facilidade de uso, para que o foco do profissional seja o conteúdo, incluindo ensino, colaboração entre especialistas e aprendizado.
Gestão de compras: a centralização das informações em um sistema de gestão de documentos ajuda no gerenciamento de compras, contratos e fornecedores. Uma rotina automatizada que monitora todas as etapas, documentos necessários, como o orçamento e a congruência entre pedidos e faturas de fornecedores pode economizar tempo de resposta para as empresas, além de evitar erros humanos. Essas soluções são moldáveis e podem ser adaptadas conforme os requisitos da empresa.
Pedido de alta: o processo de admissão do paciente é iniciado a partir de um aplicativo móvel ou da Internet. Este formulário eletrônico coleta os principais dados do usuário em formato digital e depois é incluído em seus registros médicos. Assim inicia-se um processo sem papel, alimentando o sistema de gestão de documentos. Os dados do paciente podem ser analisados e, sob certos critérios, são automaticamente encaminhados para algum tipo de aprovação ou alerta.
Gestão de RH: existem ainda instituições cujos arquivos administrativos estão em pastas de papel. Porém, esses documentos podem ser digitalizados dentro de um sistema de gestão, limitando sua visualização apenas às pessoas autorizadas de Recursos Humanos, além de atualizar a documentação em tempo real conforme modificações (atestado médico para doença, nascimento de filhos, solicitação de férias). Essa solução não apenas centraliza todos os dados em um local acessível, como também os protege.
Sinalização Digital: o sistema de sinalização digital pode ser integrado a dois mundos necessários em um ambiente hospitalar: a alocação de turnos dos funcionários e a comunicação sobre campanhas de cuidados preventivos, ações institucionais e/ou publicidade de algum parceiro. A principal vantagem deste sistema é o gerenciamento centralizado por um painel de controle, de cada uma das telas e, por sua vez, a fácil individualização.
Em resumo, nesta era digital, a tecnologia RPA é a resposta para aumentar a eficiência e valorizar a experiência dos pacientes por meio da aplicação da automação robótica de processos. Quem não acompanhar esta inovação, irá perder espaço e competitividade.
