Adoção de APS levou à redução de 26% na sinistralidade, aponta pesquisa do Grupo Sabin
Pesquisa realizada pelo Grupo Sabin e a Amparo Saúde, em parceria com plano de saúde e gestora de benefícios, indicou que o uso da Atenção Primária à Saúde (APS) levou à redução de 26% na sinistralidade per capita. Considerada como importante aliada das operadoras de saúde no país e das empresas, a APS é o primeiro nível de atenção e reúne um conjunto de ações, individuais e coletivas, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral.
A pesquisa realizada pelo Grupo Sabin compreendeu 2.053 colaboradores da matriz da companhia que realizaram três ou mais consultas com a equipe multiprofissional durante 2024, em Brasília/DF, em comparação com os colaboradores da instituição que não solicitaram consultas. O total de funcionários à época assistidos era de 3.481 pessoas. O estudo contou com dados da Amparo Saúde e da apólice do plano de saúde do Sabin.
Desde 2018, a Amparo Saúde atende colaboradores da matriz do Sabin em uma clínica in company. Segundo o levantamento, os que usaram o serviço de APS, no período compreendido, realizaram 1,6 consulta com especialistas, enquanto os que não a utilizaram, 2,3. Na procura pelo pronto socorro, o primeiro grupo registrou 1,2 visita enquanto o segundo, 1,8. Em internações, a comparação ficou em 10,7 entre os que recorreram à APS contra 15,6. Com isso, a sinistralidade per capita do plano de saúde caiu de R$ 465,28 para R$ 344,62 – ou seja, 26% menor.
A sinistralidade per capita é um indicador usado em contratos de planos de saúde, e companhias seguradoras. Representa a relação entre as despesas com a utilização dos serviços médicos e a receita que a operadora recebeu pelo contrato. Segundo a Agência Nacional de Saúde (ANS), a sinistralidade registrada em 2024 foi de 82,2%, após recorde de 88,3% em 2021, período da pandemia, quando internações e visitas ao PS eram inevitáveis.
“Com a atuação da Amparo Saúde, os colaboradores passaram a contar com uma equipe de saúde de referência, com acesso facilitado e resolutividade no atendimento. Isso gerou vínculo e confiança, fazendo com que mesmo em situações agudas ou intercorrências, o paciente recorresse ao ambulatório in company, evitando deslocamentos desnecessários e uso indevido do pronto-socorro. Esse cuidado estruturado contribuiu também para a redução de internações hospitalares, como indicado pelos dados do estudo”, explica o coordenador técnico da Amparo, o médico de família e comunidade Leonardo Demambre Abreu.
Segundo ele, a adoção à APS pelos funcionários, que representa uma mudança de cultura das pessoas que recorrem a serviços médicos no Brasil, foi estimulada pela equipe. “Foi um trabalho com apoio do time de Saúde Corporativa do Sabin, por meio de ações educativas, rodas de conversa, comunicações internas e atividades presenciais. Além disso, a experiência positiva dos próprios colaboradores usuários contribuiu para a disseminação da percepção de qualidade e acolhimento”, afirma Abreu.
O desempenho da Amparo, que possui uma rede com dez clínicas, no Distrito Federal, São Paulo e Bahia, além de oferecer atendimento por teleconsulta, levou o Grupo Sabin a adquirir a empresa em 2021, muito antes de os primeiros resultados econômicos aparecerem. Segundo a presidente executiva do Grupo Sabin, Lídia Abdalla, a aquisição da Amparo foi estratégica para consolidação do seu novo ecossistema de saúde.
“Nosso objetivo é seguir atuando, sempre com o olhar atento a oferecer cuidados em saúde que alinhem tecnologia, inovação e humanização, por meio de um portfólio de soluções que possam contribuir para uma jornada de saúde única – individualizada e assertiva, num grande ecossistema integrado e pronto para entender as necessidades, agregar valor e impactar positivamente na qualidade de vida das pessoas”, explica.