Samaritano estuda aderência a remédios com uso de App
A tecnologia está transformando a sociedade e as nossas vidas. E não seria diferente na área da saúde. Essa afirmação se aplica não somente na chegada de máquinas diagnósticas e robôs cirúrgicos, mas também em simples aparelhos que estão em nosso cotidiano e nos auxiliam em novos hábitos. Há 10 meses o Hospital Samaritano Higienópolis estuda um App para avaliar seus benefícios em relação a pacientes cardíacos.
Base de um estudo científico, pacientes admitidos na unidade com critérios de inclusão foram selecionados e 35% participam de um programa que analisa tais vantagens. “Estamos utilizando a tecnologia para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Sem dúvida o digital e a saúde nunca estiveram tão próximos e sendo utilizados para um resultado tão importante: a vida das pessoas”, diz Dr. Leandro Rubio, coordenador de cardiologia do hospital Samaritano Higienópolis.
De acordo com Dr. Thiago Liguori, cardiologista e líder do estudo, o intuito da pesquisa é avaliar se participantes que receberem a intervenção de saúde digital móvel através do aplicativo para smartphone terão maior aderência medicamentosa se comparado aos cuidados convencionais. A adesão ao medicamento pode reduzir o risco de infarto em 20%, segundo a European Heart Journal. A análise parcial do estudo mostrou que houve um aumento de 15% na adesão medicamentosa.
No aplicativo, o paciente pode adicionar o perfil de seus medicamentos e ele o lembrará da hora certa de tomá-los. Os pacientes analisados tiveram o diagnóstico de Síndrome Coronariana Aguda e foram separados em dois grupos: sem intervenção e com intervenção do aparelho.
A utilização regrada dos remédios é fundamental. Em países de baixa e média renda, até 75% dos pacientes com doenças cardiovasculares conhecidas não utilizam sequer uma medicação recomendada, segundo dados do estudo (The PURE Study). Elas estão relacionadas a terapia antiplaquetária, inibidores da enzima conversora de angiotensina (iECA), bloqueadores dos receptores da angiotensina (BRA), beta-bloqueadores e estatinas, e são vitais na redução do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais.