Amputações de membros batem recorde e acendem alerta na saúde pública

No Brasil, um levantamento no Estado de São Paulo identificou que, entre 2009 e 2020, houve aumento significativo nas taxas de amputação de membros inferiores (inclusive de dedos e pés) nos hospitais públicos. Esses dados sugerem que em 2025 estamos lidando não apenas com “o habitual” de amputações, mas com uma tendência de crescimento que exige atenção. O número de amputações de membros inferiores no Brasil tem aumentado nos últimos anos, segundo dados de entidades médicas e registros hospitalares. As causas mais frequentes estão relacionadas a complicações de doenças crônicas, como o diabetes e a hipertensão, além de acidentes de trânsito e de trabalho.

Sharon Nina Admoni, endocrinologista, especialista em Neuropatia Diabética e coordenadora do Ambulatório de Pé Diabético dentro do Grupo de Diabetes do Serviço de Endocrinologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP), explica que um dos motivos é o aumento de pessoas com diabetes no País. Dados do Ministério da Saúde acendem o alerta que o assunto é uma questão de saúde pública, já que ocorre uma amputação por hora em função do pé diabético. Em 2022, 10 mil amputações foram feitas, 28 amputações por dia, mais de uma por hora. Alguns fatores levam a essa situação de amputação, como o descontrole do diabetes associado a doenças crônicas.

Doença silenciosa, consequências graves

Entre os principais fatores de risco, o diabetes mellitus ocupa lugar de destaque. A falta de controle dos níveis de glicose no sangue pode levar a lesões graves nos pés e nas pernas, que, sem tratamento adequado, evoluem para infecções e necroses, tornando a amputação inevitável. Segundo especialistas, muitos casos poderiam ser evitados com diagnóstico precoce e acompanhamento médico regular. A prevenção é a principal forma de conter esse aumento. Manter uma alimentação equilibrada, controlar doenças crônicas, realizar exames periódicos e procurar atendimento ao primeiro sinal de feridas que não cicatrizam são medidas fundamentais.

A doença é silenciosa, por isso muitas vezes a falta de sintomas pode ir agravando o quadro sem percepção clara do que está ocorrendo. A partir dos 35 anos é importante fazer um exame de sangue para sabe como está o índice de açúcar, já que o risco aumenta a partir dos 40 anos.

Desigualdade no acesso à saúde

Um ponto preocupante é a desigualdade no acesso ao tratamento. Em regiões mais pobres, a falta de profissionais especializados e de centros de referência em angiologia e cirurgia vascular faz com que muitos pacientes cheguem tardiamente ao hospital, quando já não há alternativas para salvar o membro afetado. A amputação de um membro não traz apenas consequências físicas, mas também profundas marcas emocionais. A reabilitação exige fisioterapia, uso de próteses e acompanhamento psicológico. Garantir políticas públicas voltadas à prevenção e à reabilitação é essencial para reduzir o impacto social desse grave problema de saúde. (Com informações do Jornal da USP)

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