Amil institui estratégia de suporte à saúde mental
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que, em 2020, a depressão será a doença mais incapacitante do planeta. No Brasil, quase 6% da população, um total de 11,5 milhões de pessoas, têm a doença. Os números podem ser ainda mais alarmantes, considerando as pessoas que evitam buscar ajuda com receio de sofrerem preconceito. Estima-se que uma em cada dez pessoas terá alguma doença mental ao longo da vida.
Foi buscando alcançar esse público que a operadora de planos de saúde Amil instituiu uma estratégia de suporte em saúde mental para os beneficiários em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. Localizada nas unidades do Amil Espaço Saúde, uma equipe de profissionais, composta por psiquiatra, psicólogo e assistente social, que contam com o apoio de um médico de família, acompanha o paciente de forma integral. Desde setembro, quando o programa de Saúde Mental foi instituído, já foram registradas mais de 5 mil consultas. Os diagnósticos e relatos mais comuns fazem parte da realidade de grande parte dos brasileiros: depressão, ansiedade, medo, insônia, dependência química e intenção de suicídio. O programa atende pacientes com sofrimento mental de leve a grave, sendo os casos leves e moderados acompanhados pelo médico de família e os casos graves pelo médico de família e psiquiatra.
“Essa estratégia possibilita o manejo de crises no nível ambulatorial, evitando-se internações e proporcionando melhor qualidade de vida a essas pessoas e suas famílias. O médico de família atua no cuidado centrado no indivíduo e na comunidade de que ele faz parte, ou seja, esse profissional consegue estabelecer uma relação de confiança com o paciente a ponto de ele e os familiares aceitarem falar sobre assuntos considerados tabus, como a dependência química e o suicídio, por exemplo”, explica Nulvio Lermen Junior, diretor do Programa Amil de Atenção Primária.
Nulvio, que também é médico de família, reforça que, nesses casos, muitas vezes é necessário o trabalho conjunto com psiquiatra, psicólogo e assistente social. “Apesar de a internação ser necessária em casos mais severos de transtornos mentais, nosso objetivo é sempre proporcionar o cuidado certo, preferencialmente tratando o paciente de modo que ele não tenha que se afastar do convívio com a família e amigos, que exercem papel fundamental no tratamento”, pontua.