Mãe de Deus implanta Ambulatório de Distúrbios do Movimento
Para agilizar e aprimorar o diagnóstico e tratamento de doenças neurológicas que têm em comum alguma alteração na movimentação do corpo, o Hospital Mãe de Deus implantou o Ambulatório de Distúrbios do Movimento, que funciona junto ao Ambulatório de Especialidades. Coordenado pelo neurocirurgião Dr. Eduardo Goellner, o novo serviço busca ser referência tanto para pacientes em seu primeiro atendimento, quanto para médicos. A estrutura irá atender casos complexos utilizando técnicas e recursos já existentes no Hospital, como a ressonância nuclear magnética e a eletroneuromiografia. Também irá incorporar novos métodos e tecnologias, como exames laboratoriais e avaliação funcional por análise de imagens de movimento.
Os distúrbios do movimento podem ocorrer tanto pela limitação quanto pela exacerbação de um ou vários grupos musculares. São movimentos anormais de forma contínua ou episódica, e têm como resultado a perda da independência e a diminuição na qualidade de vida dos pacientes. Os distúrbios mais conhecidos são os tremores, os movimentos involuntários, os tiques e a rigidez muscular. “A identificação do tipo de distúrbio de movimento apresentado pelo paciente é a chave para um correto diagnóstico e consequente conduta terapêutica”, destaca o Dr. Goellner.
Entre as principais patologias ligadas a distúrbios de movimento, destaca-se a Doença de Parkinson, ou o Mal de Parkinson, como é popularmente conhecido. Caracterizada pela lentidão progressiva (lentificação) e pelos tremores nas extremidades, ocorre em pela degeneração de estruturas cerebrais específicas. Prevalente em todo o mundo, a doença atinge todos os grupos étnicos e classes socioeconômicas. Embora seja mais frequente entre os indivíduos acima de 65 anos, faixa etária na qual a incidência da doença é de 3%, também pode surgir em pessoas com menos de 45 anos (doença de Parkinson de início precoce) ou até mesmo com menos de 20 anos (doença de Parkinson juvenil).
O tratamento com medicamentos da Doença de Parkinson é usualmente bastante eficaz nas fases iniciais, e pode proporcionar alívio sintomático por muitos anos. De acordo com o neurocirurgião, nas fases em que as complicações motoras são importantes e de difícil manejo, sugere-se que o tratamento seja realizado em centros especializados. “Quando os medicamentos não mais atendem às necessidades de alívio dos sintomas parkinsonianos, o tratamento cirúrgico torna-se uma importante e eficaz opção de melhora para grupos selecionados de pacientes”, afirma.