Nível socioeconômico tem relação direta com acesso à telemedicina
Levantamento realizado pela HSR Health mostra que o nível socioeconômico tem relação direta com o conhecimento da telemedicina. Embora 74% da população entrevistada tenha ouvido falar das teleconsultas, o desconhecimento entre classes D/E é duas vezes maior em comparação com a classe A.
De acordo com a pesquisa, que entrevistou 3.159 brasileiros em março, quando comparado o acesso da telemedicina entre as classes econômicas, observamos que quanto mais alto o poder aquisitivo, maior o acesso por teleatendimento: Classe A, 29%, Classe B, 15%, Classe C 12% e D/E, 4%.
Durante o período da pandemia, 46% dos entrevistados precisaram de atendimento médico. Destes, 57% recorreram a consultas presenciais, 43% tiveram atendimento em hospital/pronto-socorro (PS), 13% utilizaram a telemedicina e 2% receberam atendimento domiciliar. Dentre cálculos, é possível estimar que até 6% da população brasileira tenha feito o uso da telemedicina durante a pandemia.
O percentual de satisfeitos e muitos satisfeitos com a experiência da telemedicina é 68% entre os entrevistados. Comparando a teleconsulta com o atendimento presencial, 85% dos participantes da sondagem consideram que o atendimento virtual foi similar ou melhor.
Segundo Bruno Mattos, diretor da HSR Health e responsável pelo estudo, “a telemedicina é um caminho sem volta, mesmo após a pandemia. A satisfação do paciente e similaridade com o atendimento presencial são sinais claros dessa migração digital”.
O estudo teve abrangência nacional e distribuição entre todas as idades, gêneros e classes sociais.