Middleware: um aliado para a comunicação de dados
Por Rogério Tarelho
Presente no vocabulário da tecnologia para a informação desde os anos 60, mas sem tanta popularidade naquele tempo, hoje os middlewares são parte essencial da engenharia de softwares e do funcionamento de inúmeras organizações pelo mundo.
Middleware é o nome dado ao software ou serviço de nuvem que fornecem funcionalidades e recursos a aplicações e ajudam desenvolvedores e operadores a criar e implantar aplicações com mais eficiência. O middleware tem o papel de conectar apps, dados e usuários.
Mas porque o investimento nele deve ser uma prioridade para as empresas? Porque ele é o software que serve como ponte entre o sistema operacional e as funções de um aplicativo.
Eles funcionam como “tradutores” para a execução das aplicações. Alguns exemplos são middlewares bancos de dados e de monitores de processamento de transação são alguns dos exemplos que servem para tornar a execução de tudo mais econômica e eficiente.
Com o avanço da computação em nuvem e do desenvolvimento de aplicações nativas em nuvem, os desenvolvedores de software e os arquitetos de sistemas precisaram se concentrar no design e na arquitetura iniciais das plataformas de aplicações. Dessa forma, é necessário selecionar e configurar frameworks e recursos para desenvolver, implantar e executar aplicações (ou seja, funções gerenciadas pelo middleware). Com esses recursos implementados, uma organização pode obter mais benefícios da nuvem. As aplicações podem ser implantadas em várias infraestruturas, de sistemas on-premise a nuvens públicas, além de funcionar conforme o esperado.
O software também facilita a vida do usuário, pois permite o envio de formulários em um navegador da Web ou permissão para o servidor Web apresentar páginas dinâmicas da Web com base no perfil de um usuário.
Uma boa maneira de ilustrar isso é a perspectiva de mercado através dos investimentos nestes “tradutores”. Avaliado em US$ 38.064 milhões em 2020, ele deve atingir o valor de US$ 59.708,5 milhões até o ano de 2026 (Mordor Intelligence), acompanhada pelo crescimento de dispositivos IoTs nas empresas e o aumento na busca pela eficiência operacional.
As organizações recorrem ao middleware, oferecido atualmente como serviços de nuvem, simplificando a implantação e o gerenciamento, como uma forma de gerenciar a complexidade e manter o desenvolvimento de aplicações rápido e econômico. O middleware consegue oferecer suporte a ambientes de aplicação que funcionam de maneira estável e consistente em uma plataforma altamente distribuída. Ele também oferece suporte a segurança da cadeia de suprimentos de software, estratégias de DevSecOps e automação, ajudando as equipes a criar apps novas e melhores com mais rapidez e, simultaneamente, gerenciar os riscos de segurança.
Mas atenção: mesmo com diversas funções e adaptações, o tipo de middleware que cada empresa deve adotar precisa ser analisado com cuidado. Autenticação de segurança, gerenciamento de transações, consultas de mensagens e servidores de aplicativos, por exemplo podem ser inclusos dentro do processo.
*Rogério Tarelho é analista de Infraestrutura Sênior da Flowti.