A importância do uso das Pesquisas nas Políticas da Saúde Pública
Por Francisco Arce
Um trabalho de pesquisa que visa demonstrar os impactos sociais dos programas e políticas governamentais com estudos de efetividade, avaliação de impactos e resultados, incluindo o levantamento de opinião dos beneficiários ou usuários, pode ajudar desde que tenha etapas e métodos.
Recentemente, participei de um Projeto onde tivemos que trabalhar com alguns indicadores para uma avaliação do interior do Amazonas no sentido de apoiar em possíveis melhorias, como os Ambientais, Econômicos, Sociais e os de Saúde.
Esses indicadores podem desempenhar um papel fundamental na identificação de áreas de melhoria no interior do Amazonas e na orientação de políticas e programas para promover o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida da população local.
Podemos descrever algumas possibilidades de acordo com as análises, desde o monitoramento da qualidade do ar, da água e do solo, permitindo identificar problemas ambientais e orientar ações de conservação e preservação.
Medição do desmatamento, da perda de biodiversidade e do impacto das atividades humanas nos ecossistemas, fornecendo informações para a implementação de políticas de proteção ambiental.
Acompanhamento do avanço do desmatamento ilegal, ajudando na identificação de áreas críticas e na implementação de estratégias de combate ao desmatamento e à exploração ilegal de recursos naturais.
Como também a avaliação do desempenho econômico local, incluindo indicadores de renda, emprego, produção agrícola e industrial, que podem identificar setores econômicos com potencial de crescimento e ajudar a promover o desenvolvimento sustentável.
Medição do acesso a serviços financeiros, como crédito e microfinanças, que podem impulsionar a atividade empreendedora e estimular o desenvolvimento de pequenas e médias empresas locais.
Acompanhamento do turismo sustentável e dos impactos econômicos relacionados, promovendo a conservação ambiental e o desenvolvimento de atividades econômicas responsáveis na região.
Monitoramento da educação, taxa de alfabetização, acesso à educação básica e superior, permitindo identificar áreas de melhoria e orientar ações para promover a igualdade de oportunidades educacionais.
Avaliação do acesso a serviços básicos, como saúde, saneamento, energia elétrica e infraestrutura de transporte, identificando deficiências e direcionando investimentos para melhorar a qualidade de vida da população.
Medição dos índices de pobreza, desigualdade e exclusão social, fornecendo subsídios para a implementação de políticas de inclusão social e redução da desigualdade regional.
Monitoramento de doenças endêmicas e epidêmicas, como malária, dengue e Covid-19, permitindo uma resposta rápida e eficaz em emergências de saúde pública.
Acompanhamento da cobertura de vacinação e acesso a serviços de saúde básicos, contribuindo para a melhoria da saúde da população e a redução da mortalidade infantil e materna.
Avaliação das condições de saneamento básico, qualidade da água e acesso a serviços de saúde especializados, orientando políticas e investimentos para melhorar a infraestrutura de saúde e garantir o bem-estar da população.
Esses indicadores, quando coletados, analisados e interpretados de maneira integrada e com o apoio da tecnologia, fornecem uma base sólida de informações para o planejamento e implementação de políticas e programas voltados para o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida no interior do Amazonas.
*Francisco Arce é Diretor Executivo de Tecnologia, Pesquisa e Inovação do Instituto Evereste.