Contratação de planos de saúde sobe em linha com empregos formais
Mercado de planos de saúde médico-hospitalares começa 2019 com crescimento de 226,7 mil vínculos entre janeiro de 2019 e o mesmo mês de 2018. De acordo com a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o setor registrou alta de 0,5% nesse período.
O superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, aponta que o resultado está em linha com o mercado de trabalho que também apresentou crescimento em janeiro deste ano, com saldo positivo de 34,3 mil postos formais. “Apesar de os números de emprego no País terem um crescimento menos expressivo que o de novos beneficiários de planos médico-hospitalares, os números reforçam nossa percepção de que há uma relação direta entre os dois indicadores”, argumenta. “Em grande parte, esse movimento se justifica pelo desejo do brasileiro de possuir um plano de saúde, que fica atrás apenas do anseio pela casa própria e educação. Isso explica porque este é um dos últimos bens que as famílias se desfazem quando em necessidade e um dos primeiros que readquirem assim que a renda começa a ser recomposta”, completa.
O avanço apontado pelo NAB foi mais forte no Sudeste do País, que registrou 112,2 mil novos vínculos, alta de 0,4% e no Centro-Oeste, que conta com 109,9 mil beneficiários a mais do que em janeiro de 2018, alta de 3,5%. Apesar de o total de novos vínculos nas duas regiões ser muito parecido, o crescimento porcentual foi mais expressivo no Centro-Oeste devido à base de beneficiários de planos médico-hospitalares em cada uma delas. Enquanto o Sudeste conta com 28,9 milhões de vínculos, o Centro-Oeste tem 3,2 milhões.
Analisando a contratação de planos por Estado, o maior número de novos vínculos foi firmado em São Paulo: 135,4 mil, o que equivale a alta de 0,8%. Por outro lado, o Rio de Janeiro teve a maior quantidade de vínculos rompidos: 32,3 mil, uma queda de 0,6%.
Quando analisamos os resultados por modalidade de Operadora de Plano de Saúde (OPS), as Medicinas de Grupo foram, novamente, as únicas a apresentar impulso. Foram 573,1 mil novos beneficiários na comparação de janeiro deste ano com o mesmo mês do ano passado. Alta de 3,2%.