Arte de inovar no setor da saúde: cenário phygital e inclusão digital
Por Ulisses Silva
Segundo dados do relatório Beyond Age, assinado pela Kantar IBOPE Media em 2022, a inclusão digital do público maduro dobrou nos últimos cinco anos. Durante a pandemia, por exemplo, aumentou em 66% o seu acesso às redes sociais. Com essa crescente digitalização, percebemos que essa parcela da população requer uma proximidade ainda maior e um atendimento eficaz, com uma comunicação clara e ágil – e, na área da saúde, não poderia ser diferente.
No cenário de inclusão social do público maduro vemos, por exemplo, o modelo híbrido de atendimento, o phygital, conseguindo unir a facilidade e a agilidade dos meios digitais e o atendimento presencial acolhedor. Na área da saúde esta abordagem também se torna um trunfo para este público, ao trazer um mix de atendimento digital com presencial. Plataformas digitais centradas no cuidado dos beneficiários e 100% unificadas com a utilização da Inteligência Artificial em todos os processos, a exemplo do que é usado por empresas como a Leve Saúde, se tornam um diferencial. Com as inovações que existem hoje, já é possível oferecer, aplicativos com agendamento digital de consultas, exames, chatbots de atendimento, entre outras facilidades.
A importância dessas inovações fica ainda mais evidente ao analisarmos os dados da 2ª Edição do Observatório FEBRABAN – Pesquisa FEBRABAN-IPESPE ‘A inclusão Digital dos Idosos’, em que o celular ou smartphone é indicado pela população como o principal dispositivo de acesso dos mais maduros, com 88% das menções. Este dado nos mostra como a digitalização dos processos é fundamental para esse público. Por meio de um dispositivo móvel, o uso da telemedicina agiliza o contato entre médico e paciente, além de ter como outra característica o conforto, ainda mais relevante quando se tem uma idade mais avançada e sair de casa torna-se um desafio, seja por alguma dificuldade física ou mesmo por fatores como distância ou trânsito. Além disso, há ainda aplicativos de mensagens que facilitam o atendimento via canais digitais e melhoram a experiência do beneficiário.
O avanço destas soluções também permite uma proximidade maior entre as equipes médicas e os pacientes, tanto para acompanhamento periódico quanto para a predição de diagnóstico, em que médico e paciente trabalham juntos para preservar a saúde e evitar doenças. A tecnologia vem escalando cada vez mais este contato direto, fácil e que propicia grande comodidade ao público maduro, e contribui significantemente para a personalização do atendimento. Atender às necessidades relacionadas à saúde, como serviços, coleta de exames em casa, e compra e entrega de medicamentos, são essenciais para as pessoas 45+.
*Ulisses Silva é CEO da Leve Saúde.