Pesquisa revela aumento de 5% em óbitos de crianças e adolescentes
Pesquisa realizada pela Aldeias Infantis SOS, por meio do Instituto Bem Cuidar (IBC), revelou os números nacionais de óbitos de crianças e adolescentes no ano de 2021. O estudo mostra um aumento de 5% no total de óbitos em comparação com o ano anterior, totalizando 3.275 mortes de crianças, com idades de 0 a 14 anos, em decorrência de acidentes.
De acordo com os dados coletados, a cada dia, em média, nove crianças perdem suas vidas devido a acidentes. Entre as principais causas estão os sinistros de trânsito, responsáveis por 28% dos casos, seguidos por sufocação (27%) e afogamento (26%).
O relatório também destaca aumentos significativos em algumas categorias. A sufocação registrou um aumento de 28%, enquanto as queimaduras tiveram um crescimento de 7%. Por outro lado, houve reduções consideráveis nos óbitos por armas de fogo (45%), quedas (9%) e intoxicações (7%).
Analisando os dados por faixa etária, foram identificadas tendências preocupantes. Entre os menores de 1 ano, observou-se um aumento geral de 29% nos óbitos, com destaques para os acidentes por afogamento (81%), queimaduras (53%) e sufocação (30%). Apenas os casos de intoxicação apresentaram uma redução de 20%.
Na faixa etária de 1 a 4 anos, houve um aumento de 8% no total de óbitos. As principais causas foram sufocação (51%) e afogamento (13%). Por outro lado, foram registradas reduções nos casos de armas de fogo (-50%), intoxicações (-15%), quedas (-12%) e queimaduras (-8%).
Já na faixa etária de 5 a 9 anos, houve uma redução de 6%. No entanto, é importante destacar os crescimentos significativos em casos de queimaduras (25%) e sufocação (13%). As quedas (-47%), armas de fogo (-33%), afogamento (-13%) e intoxicações (-5%) apresentaram índices menores em relação a análise anterior.
Na faixa de 10 a 14 anos, foi registrada uma redução de 9% no número geral de óbitos, sendo armas de fogo (-50%), afogamento (-20%), sufocação (-20%) e sinistros de trânsito (-10%) as principais causas. Entre os incidentes que tiveram aumento, os destaques foram intoxicação (14%), quedas (12%) e queimaduras (2%).