Abeclin cria grupo para discutir engenharia clínica na América Latina
A Associação Brasileira de Engenharia Clínica (Abeclin), com apoio de especialistas latino-americanos, criou um Grupo de Discussão Internacional (GDI) para debater temas relacionados a engenharia clínica na América Latina. A iniciativa é resultado das discussões realizadas no Seminário Latino-americano de Engenharia Clínica e Oficina Latino-americana de Engenharia Clínica, que fizeram parte da programação da Feira Hospitalar 2023.
Eleito coordenador do GDI, Alexandre Ferreli, que também é vice-presidente de Relações Institucionais da Abeclin, afirmou que a iniciativa é uma forma de romper a barreira do isolamento dos países latino-americanos. Segundo ele, o grupo será responsável por discutir a formação do engenheiro clínico. “Vamos levantar o perfil do engenheiro clínico, sua formação e buscar um currículo comum para que possa atender toda a América Latina”, disse.
O professor Saide Calil, membro do Conselho de Fundadores da Global Clinical Engineering Alliance (GCEA), foi o mediador das ações. Ele ponderou que o objetivo é entender quais os pontos comuns da engenharia clínica na América Latina. “Nós seguimos muito o que acontece em países mais desenvolvidos, de línguas europeias ou inglesas, mas nunca discutimos o que aconteceu nos países vizinhos, que muita vezes tem os mesmos problemas”, disse. “Essa iniciativa da Abeclin abriu possibilidades de montarmos um grupo de discussão e entender a engenharia clínica no Brasil e na América Latina”, completou Calil, que também preside o Comitê Educacional da GCEA.
Participaram dos seminários e oficinas especialistas renomados do International Federation of Medical and Biological Engineering (IFMBE) de cinco países: Brasil, Peru, Colômbia, Argentina e México. Outra iniciativa foi a criação dos grupos nacionais de discussão. Cada país participante terá seu grupo e as informações serão compartilhadas no GDI. “Será uma oportunidade única de discutirmos a área, para que possamos juntos contribuir com ações para fortalecer o nosso trabalho, que é voltado para a saúde e a segurança do paciente”, afirmou Ricardo Maranhão, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Clínica (Abeclin).
Participaram do seminário a diretoria da Abeclin, ex-presidentes da associação, representantes de cursos de especialização de engenharia clínica e representantes de associações de classe, além dos representantes da América-Latina, Roberto Ayala Perdomo, e professor universitário e membro colaborador do IFMBE; Fabiola Martinez, pesquisadora de Engenharia Biomédica na UAM (México) e Chairwoman da Divisão de Engenharia Clínica da IEMBE; Andrea Garcia, consultora em gestão de tecnologias de saúde e especialista em regulamentações de dispositivos médicos na Colômbia; Eduardo Sarda, presidente honorário do Colégio de Engenharia Clínica da Sociedade Argentina de Bioengenharia; Rossana Rivas (MSc PhD Candidate), vice-presidente da HL7 Peru e membro da Comissão de Gestão de Tecnologia de Saúde do Colégio de Engenheiros do Peru.