70% dos casos de câncer de mama têm diagnóstico em estágio avançado
Um estudo conduzido por pesquisadores de 19 instituições brasileiras – entre elas Hospital A.C. Camargo e Hospital Albert Einstein – aponta que 70% dos diagnósticos de câncer de mama em pacientes brasileiras são feitos em fases mais avançadas da doença: 53,5% em estágio 2 (quando o tumor apresenta dimensão de 2 a 5 centímetros e comprometimento de linfonodos axilar ou quando o tumor mede mais que 5 centímetros sem comprometimento dos linfonodos regionais) e 23,2% em estágio 3 (quando o tumor mede mais que 5 centímetros ou atém mesmo invade a pele da mama e parede torácica ou apresenta comprometimento mais extenso de linfonodos regionais). A pesquisa mostra que o Brasil, comparado a outros países, tem um dos diagnósticos mais tardios do mundo.
De acordo com Vivian Milani, médica radiologista da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), além do autoexame, é muito importante que os exames periódicos sejam sempre realizados porque nem sempre o “caroço” é o único sintoma do câncer de mama. “Existem alguns nódulos e calcificações não palpáveis que só podem ser detectados por meio da mamografia. O diagnóstico precoce vai contribuir para um tratamento mais assertivo e para aumentar as chances de cura”, alerta.
As inovações implementadas no tratamento oncológico têm revolucionado a estratégia de combate à doença, em especial, na compreensão que o câncer de mama é uma doença extremamente heterogênea. Além do estadiamento da neoplasia, é necessário o conhecimento do subtipo molecular para direcionarmos uma estratégia mais personalizada.
Um dos tratamentos que evidenciou resultados bem-sucedidos é com o uso de terapias conjugadas, combinando a quimioterapia com medicamentos biológicos de alta qualidade (terapias alvo-moleculares) para o subtipo com a proteína HER2 superexpressa, por exemplo.
“Os biossimilares têm apresentado benefícios expressivos para a promoção da saúde e da qualidade de vida das pacientes, inclusive em casos de câncer de mama metastático, explica Maria Cristina, oncologista parceira da Biomm.
Um dos principais mecanismos de ação dos biomedicamentos contra o câncer de mama está relacionado à regulação do ciclo celular, impedindo que as células cancerígenas se multipliquem e morram. Com isso, há uma inibição do ciclo de crescimento das células tumorais. “Os biossimilares são bem tolerados quanto aos eventos adversos, são seguros e são armas bastante importantes para o sucesso do tratamento do câncer de mama. Em especial, por tornar medicamentos que ora tinham um custo proibitivo para muitos serviços de saúde, em uma terapia mais acessível”, finaliza.