Modelos que ampliam o acesso sustentável à saúde
Por Carlos Marinelli
O setor de saúde cresce de maneira vigorosa e consistente no Brasil. É desnecessário dizer o valor que a saúde privada aportou aos milhões de beneficiários ao longo de décadas e, mais especialmente, nesses últimos dois anos de pandemia, quando o número de vidas assistidas já se aproxima dos 50 milhões. E foi também nesses últimos dois anos que a atividade liderou as fusões e aquisições no país, de acordo com levantamentos de mercado. Incorporações, parcerias entre operações que se complementam e o crescimento do número de healthtechs são alguns dos movimentos que mostram esse dinamismo.
Como pano de fundo desse cenário de crescimento, há um desafio coletivo do setor: proteger uma sociedade que também se transforma. Estamos diante de uma população cada vez mais longeva e de um novo perfil de paciente que, com a pandemia, despertou para a prioridade dos cuidados com a própria saúde, com novas necessidades de atendimento. E que, por conta do isolamento desse período, também vivencia a aceleração da sua jornada digital, com mais serviços de saúde virtuais, fruto de investimentos em inovação e tecnologias. Tudo isso se reflete na demanda por estrutura e serviços médicos para diferentes perfis de clientes.
Toda essa movimentação do setor passa, portanto, por essa busca por ampliar a mais pessoas o acesso a cuidados assistenciais, atendendo o mercado em todo o seu potencial e novas necessidades. Temos o objetivo comum de oferecer cada vez mais qualidade, de forma sustentável, à cadeia assistencial da saúde suplementar em nosso país. Para isso, faz-se necessário um novo olhar sobre modelos de negócios na saúde, alinhados às novas – e cada vez mais diversas – demandas assistenciais da população. O novo modelo de negócio tem como foco a entrega de excelência de cuidado aos pacientes aliada à valorização do capital humano por meio dos profissionais de saúde, sempre em um ecossistema de produtos e serviços que sejam cada vez mais acessíveis a maiores parcelas da população.
É nesse contexto que se insere a Atlântica Hospitais e Participações, do Grupo Bradesco Seguros. Criada com o objetivo de contribuir para o crescimento sustentável da estrutura de ativos médico-hospitalares no país expandindo sua capilaridade. Essa nova empresa atua por meio do investimento em gestão e empreendimentos de saúde, em parceria com outros grupos do setor. A Atlântica propõe, em seu modelo de negócio, entregar uma alta qualidade no serviço assistencial, com foco no paciente e acessível para uma parte cada vez maior da sociedade.
Para alcançar esse objetivo de desenvolvimento da rede assistencial disponível no Brasil, a Atlântica atua com flexibilidade. Para nós isso significa promover múltiplas soluções para diferentes necessidades. Já no seu primeiro empreendimento, a empresa reforça essa versatilidade. Em parceria com a Beneficência Portuguesa de São Paulo e o Grupo Fleury, surge uma nova operação dedicada ao segmento de serviços oncológicos. Unindo capacidades que se complementam, o novo empreendimento se propõe a cuidar da jornada integrada de atendimento, cobrindo, de ponta a ponta, todas as necessidades do paciente.
É importante ressaltar que as necessidades de assistência da população são diversas e dependem de vários fatores, que devem ser considerados no processo de expandir a estrutura médico-hospitalar do país. Por isso, é fundamental que o setor fomente também a cultura da prevenção como passo inicial de assistência, muito antes de tratar as doenças. Neste sentido, cabe destacar uma outra importante frente de atuação da Atlântica Hospitais e Participações: a rede de clínicas Meu Doutor Novamed. Com enfoque no modelo de Atenção Primária à Saúde (APS), a rede praticamente dobrou de tamanho durante a pandemia, chegando a 28 unidades e consolidando uma estrutura de atenção básica resolutiva e eficiente para apoiar o paciente na sua jornada de busca pela saúde de forma integral.
Para os sistemas de saúde, a medicina preventiva, incentivada pelos programas de APS, possibilita uma atuação que prioriza uma utilização mais consciente dos serviços públicos e privados, com o melhor uso de recursos hospitalares e humanos. Essa abordagem diferenciada se destaca pela elevada satisfação dos pacientes.
O dinamismo do setor de saúde o coloca em constante mudança. E nesse processo de transformação, em que os desafios se renovam a todo momento, cabe a nós, agentes do setor, nos antecipar às novas necessidades da sociedade e entregar as soluções mais adequadas para os cuidados com a saúde.
*Carlos Marinelli é diretor geral da Atlântica Hospitais e Participações.