Dasa e Rede D’Or se unem em pesquisa inovadora focada em câncer colorretal
A Dasa, por meio da Dasa Genômica, o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino – IDOR -, a Oncologia D’Or e a Rede D’Or se uniram para realizar uma pesquisa clínica sobre o diagnóstico de pacientes com câncer colorretal no Brasil. O estudo está sendo feito com o Immunoscore, o teste fornecido pela empresa de diagnóstico de precisão Veracyte. O teste define o escore imunológico do tumor de cólon, ou seja, reflete a resposta imunológica do paciente contra o câncer. De acordo com as diretrizes clínicas internacionais para câncer de cólon localizado (ESMO 2020 e Pan-Asian ESMO 2021), o teste tem a habilidade de auxiliar o oncologista em ajustar decisão terapêutica.
A tecnologia de diagnóstico baseada na resposta imune adaptativa do paciente contra o câncer, que está no centro deste estudo, é um método inovador, criado na França por pesquisadores do INSERM (Instituto Nacional de Saúde da França), em 2006-2012, liderado pelo renomado cientista Jerome Galón, e validado clinicamente em 2012-2018 também sob sua liderança por um consenso internacional de 14 centros de especialistas no mundo. A patente de inovação francesa foi comercializada pelo grupo francês HalioDx, da empresa Marceille Luminy, atualmente Veracyte Immuno-Oncology.
A Dasa, por meio de seus laboratórios de patologia digital, realiza os testes em pacientes brasileiros e faz o upload das imagens na nuvem, onde o algoritmo da Veracyte faz a análise e fornece o resultado do exame para a Dasa oferecer aos pacientes e aos pesquisadores. Com isso, os oncologistas contam com informações importantes sobre o comportamento biológico do tumor.
A pesquisa
Sob a responsabilidade do investigador e presidente da Oncologia D’Or, Paulo Hoff, o resultado do estudo clínico poderá trazer novas perspectivas para o uso do teste em pacientes com tumor colorretal.
A pesquisa tem como objetivo avaliar o papel do teste Immunoscore como marcador preditor de recorrência de doença nos pacientes com adenocarcinoma de cólon, estágios II e III, submetidos a tratamento com intuito curativo. A fase retrospectiva – com pacientes já tratados – foi encerrada em maio de 2022 e incluiu 50 casos. No momento, o recrutamento está aberto para a fase de acompanhamento prospectivo – pacientes que estão sendo diagnosticados e iniciando o tratamento – e que incluirá mais 50 participantes.
Para o diretor médico de patologia e genética da Dasa Genômica, braço de genômica da Dasa, Cristovam Scapulatempo Neto, a pesquisa é de extrema importância para dar visibilidade sobre o cenário brasileiro no que se refere ao paciente com câncer de cólon e a custo-efetividade do tratamento personalizado. “O estudo vai nos ajudar a avaliar o impacto para predizer recorrência e a possibilidade de redução de custos no tratamento enquanto melhora a qualidade de vida dos pacientes”, avalia.
A medicina de precisão foi desenvolvida ao longo dos anos através da abordagem genômica, enquanto a abordagem do sistema imunológico em câncer está em progresso substancial. “Esta tecnologia inovadora pode ser um divisor de águas na prática oncológica que está sendo introduzida no Brasil pela Dasa. Os resultados científicos da pesquisa realizada no IDOR, somados ao valor médico-econômico, podem ajudar o Brasil a ser um país líder na América Latina no acesso a essa tecnologia de medicina de precisão”, parabeniza a diretora de desenvolvimento médico e de mercado da Veracyte, Marjane Le Bagousse.
A cooperação científica e clínica em torno dessa inovação originalmente francesa será celebrada pelas autoridades oficiais francesas no Brasil. O evento homenageia as duas entidades brasileiras de saúde que desenvolvem a ciência e ajudam os pacientes a ter acesso à inovação no futuro. O evento também contará com membros da comunidade médica e representantes da Veracyte immuno Oncologie.