Agetechs devem movimentar US$1,8 trilhão no Brasil

Por Martha Oliveira

Envelhecer não deve ser sinônimo de adoecer e dar trabalho aos outros. Muito pelo contrário, envelhecer é uma conquista. É estar vivo! Mas, também não é o caso de negar que a população idosa no Brasil está exposta às diversas vulnerabilidades. Principalmente, durante a pandemia quando esteve entre os grupos mais suscetíveis às complicações da Covid-19, com mais de 80% dos mortos pela doença.

Além de sequelas físicas, a pandemia também tem deixado marcas emocionais, principal consequência do isolamento social. Esse foi um quadro que se acentuou bastante nesse período. No entanto, mesmo antes da pandemia, muitos idosos já sentiam o peso do isolamento provocado por fragilidades motoras e sociais, que os excluem o do convívio familiar e social.

De acordo com alguns estudos, redes de apoio e relacionamentos significativos representam maiores índices de satisfação com a vida e de longevidade. E é aí que entra a tecnologia como oportunidade.

Ninguém discorda que ainda há necessidade de maior interação entre o mundo digital e os 60+. No entanto, pesquisas apontam que este público é ávido por soluções tecnológicas. A pesquisa “The truth about online consumers” (A verdade sobre os consumidores online), da KPMG, mostrou que, em 51 países, incluindo o Brasil, os baby boomers (nascidos após a Segunda Guerra Mundial), fazem quase tantas compras online quanto os consumidores da Geração X e os Millennials. De acordo com a pesquisa TIC Domicílios, 58% dos idosos acessaram a internet com seus smartphones durante a pandemia, e o uso do Facebook por maiores de 60 anos aumentou 16% nesse período.

De olho nesse público, agetechs devem movimentar US$1,8 trilhão esse ano somente no Brasil, propondo trazer mais qualidade de vida para os 60+.

São startups como a Janno, de planejamento de fim de vida; Eu Vô, um app de transporte dedicado aos idosos; e Matinê App, um clube digital de saúde e entretenimento para quem tem mais de 60, com acesso à plataforma de telessaúde onde o idoso recebe orientações com nutricionistas e farmacêuticos, por exemplo, além de realizar consultas por vídeo com médicos especializado.

É uma mudança de paradigma. Estamos passando da fase em que o paciente buscava o tratamento para sua doença para a fase em que se leva saúde para ele em um clique. No caso dos idosos, é preciso entender que envelhecer não precisa ser sinônimo de adoecer e se isolar. É possível organizar essa população em grupos, com interações virtuais, para troca de experienciais e vivências e para receber alertas quando alguém precisa de cuidado. Isso traz melhorias tanto em escala individual, como comunitária.


*Martha Oliveira é diretora executiva da Laços Saúde.

Damos valor à sua privacidade

Nós e os nossos parceiros armazenamos ou acedemos a informações dos dispositivos, tais como cookies, e processamos dados pessoais, tais como identificadores exclusivos e informações padrão enviadas pelos dispositivos, para as finalidades descritas abaixo. Poderá clicar para consentir o processamento por nossa parte e pela parte dos nossos parceiros para tais finalidades. Em alternativa, poderá clicar para recusar o consentimento, ou aceder a informações mais pormenorizadas e alterar as suas preferências antes de dar consentimento. As suas preferências serão aplicadas apenas a este website.

Cookies estritamente necessários

Estes cookies são necessários para que o website funcione e não podem ser desligados nos nossos sistemas. Normalmente, eles só são configurados em resposta a ações levadas a cabo por si e que correspondem a uma solicitação de serviços, tais como definir as suas preferências de privacidade, iniciar sessão ou preencher formulários. Pode configurar o seu navegador para bloquear ou alertá-lo(a) sobre esses cookies, mas algumas partes do website não funcionarão. Estes cookies não armazenam qualquer informação pessoal identificável.

Cookies de desempenho

Estes cookies permitem-nos contar visitas e fontes de tráfego, para que possamos medir e melhorar o desempenho do nosso website. Eles ajudam-nos a saber quais são as páginas mais e menos populares e a ver como os visitantes se movimentam pelo website. Todas as informações recolhidas por estes cookies são agregadas e, por conseguinte, anónimas. Se não permitir estes cookies, não saberemos quando visitou o nosso site.

Cookies de funcionalidade

Estes cookies permitem que o site forneça uma funcionalidade e personalização melhoradas. Podem ser estabelecidos por nós ou por fornecedores externos cujos serviços adicionámos às nossas páginas. Se não permitir estes cookies algumas destas funcionalidades, ou mesmo todas, podem não atuar corretamente.

Cookies de publicidade

Estes cookies podem ser estabelecidos através do nosso site pelos nossos parceiros de publicidade. Podem ser usados por essas empresas para construir um perfil sobre os seus interesses e mostrar-lhe anúncios relevantes em outros websites. Eles não armazenam diretamente informações pessoais, mas são baseados na identificação exclusiva do seu navegador e dispositivo de internet. Se não permitir estes cookies, terá menos publicidade direcionada.

Visite as nossas páginas de Políticas de privacidade e Termos e condições.

Importante: A Medicina S/A usa cookies para personalizar conteúdo e anúncios, para melhorar sua experiência em nosso site. Ao continuar, você aceitará o uso. Veja nossa Política de Privacidade.