Audo desenvolve IA para mamografia com baixo custo
Uma Inteligência Artificial (IA) para mamografia totalmente brasileira foi desenvolvida no Ceará e promete contribuir na transformação do rastreio e diagnóstico precoce do câncer de mama no Brasil. A ferramenta integra a DAMA, um sistema para a realização de mamografias, projetado pela Audo, healthtech especializada em radiologia, sediada em Fortaleza. A tecnologia já possui registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e chega ao mercado com baixo custo, o que facilita o acesso por clínicas de pequeno e médio porte.
A solução conta com algoritmo de IA, em sistema de aprendizado contínuo, no qual todas as descobertas podem ser aprovadas, rejeitadas ou corrigidas pelo profissional de saúde, o que faz com que algoritmo seja retroalimentado para ficar mais inteligente. Além disso, a ferramenta abrange todo o serviço de mamografia, contribuindo para para que todos os processos fiquem mais automatizados e digitais, evitando atritos e o retrabalho para os médicos e instituições.
A tecnologia foi elaborada pelo time de desenvolvimento da Audo, com gerência técnica de Leonardo Pires, mestre em Informática Aplicada e especialista em Desenvolvimento de Software, e co-fundador da Audo; e conduzida por Ygor Rebouças Serpa, mestre em Informática Aplicada e especialista em Inteligência Artificial – ambos alunos da professora doutora Andreia Formico, PhD em Ciências da Computação pelo Imperial College London, que recebeu o diagnóstico de câncer de mama em 2009. Após vencer a batalha contra o câncer, ela assumiu a pesquisa sobre a doença.
“O exame de mamografia tem algumas particularidades, como exigir um monitor 4K apropriado para a visualização das imagens. Devido ao alto custo desse processo, muitos serviços de radiologia optam por enviar os exames de forma impressa para os médicos, e esse translado pode gerar vários problemas. A DAMA vai contribuir para transformar esse cenário”, explica a CEO, Milena Rosado.
A solução elaborada pela Audo teve investimento de R$ 500 mil, boa parte por meio de subvenção da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), através dos editais Inovafit I e II.