Estudo: uso de Medicamentos Isentos de Prescrição
Levantamento realizado pela ABIMIP, em parceria com a IQVIA, consultoria global de dados em saúde, em 2018, mostrou que a maior parte das pessoas segue as orientações sobre o uso responsável dos Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), buscando por um médico, caso os sintomas não passem em até 3 dias.
Quando os sintomas de problemas menores se manifestam, o primeiro recurso que os brasileiros utilizam são os MIPs, sendo que 63% recorrem a medicamentos, pois afirmam estarem familiarizados com os sintomas (12%), acham mais prático (11%) e rápido (10%) se autocuidarem. A pesquisa ainda traz um importante dado sobre o seu acesso: todas as classes sociais têm nos MIPs seu primeiro recurso para o cuidado com sintomas menores.
A ABIMIP tem como missão primordial oferecer acesso a pesquisas e informações coerentes, alinhadas aos principais Órgãos de Saúde, embasadas em estudos científicos, para que as pessoas possam tomar decisões em relação ao autocuidado de forma responsável, consciente e segura, promovendo, assim, mais saúde, além de maior liberdade de escolha. De acordo com a vice-presidente executiva da ABIMIP, Marli Martins Sileci, a entidade também visa promover o intercâmbio global de informações científicas a respeito dos MIPs.
Iniciativa, que por sua vez, tem demonstrado mudanças em relação ao autocuidado do brasileiro. Os consumidores mudaram a forma de lidar com a dor. Ter sintomas era algo subestimado por grande parte das pessoas, mas, por conta da pandemia, um novo estudo, encomendado pela Sanofi Consumer Healthcare, em parceria com o Instituto Ipsos, mostrou que 56% investem em prevenção, adquirindo hábitos mais saudáveis.
A pesquisa ainda revela que as medidas tomadas são as mais variadas. Entre elas, analgésicos (42%), soluções caseiras (36%), como chás, dormir melhor (33%), praticar mais exercícios (23%) e tomar vitaminas (21%). E, ainda, incômodos como dores nas costas, ombros e pescoço, foram as mais sentidas nos últimos 12 meses, relatadas por 71% das pessoas. Na sequência, vem a dor de cabeça, que também pode ser ocasionada por tensão e ansiedade, e que foi reportada por 70%.
Efeitos da pandemia na mudança de hábitos
Temerosos em procurar os serviços de saúde por causa da pandemia, os brasileiros estão praticando cada vez mais o autocuidado para manter a saúde em dia. Pesquisa realizada pela ABIMIP sobre Autocuidado na Pandemia, em 2020, revela que 56% dos brasileiros já tinham receio de enfrentar prontos-socorros e hospitais, sobrecarregados com a Covid-19. Nesse contexto, estudos feitos em vários países dão conta da importância do uso de medicamentos isentos de prescrição médica, de modo responsável e seguro, tanto para o autocuidado e a saúde individual como também para desafogar unidades básicas de saúde e hospitais, envolvidos na crise sanitária em que ainda vivemos.
“Com o uso dos MIPs, o indivíduo está mais empoderado para cuidar da sua própria saúde”, acredita Marli Martins Sileci. Segundo a executiva, a vantagem dos MIPs está também na economia dos recursos públicos que, eliminanos os males menores, podem ser dirigidos para doenças mais graves, que necessitam de supervisão médica.