SafePill cria solução para gestão de medicamentos de uso contínuo
A healthtech SafePill desenvolveu uma tecnologia para gestão de medicamentos de uso contínuo. O intuito é oferecer um tratamento de assistência domiciliar, com autonomia e segurança aos pacientes. O serviço conta com tecnologia exclusiva de automação, onde os fármacos são distribuídos individualmente, em saches plásticos com informações sobre a validade e QR Code que possibilita a rastreabilidade dos medicamentos.
A expectativa é alcançar mil pacientes em 2021 e, até 2023, cerca de 40 mil. Para isso, a startup conta com parcerias da indústria farmacêutica e operadoras de planos de medicamentos. Além de reunir mais de R$ 4,4 milhões em aportes financeiros de investidores como o Grupo Carone, e o Hospital Albert Einstein, onde a healthtech participa do Programa de Aceleração, da Eretz.bio.
A empresa nasceu depois que os fundadores Arlei Alves e Felippe Carone observaram a necessidade do mercado por serviço de assistência a pacientes polifarmácia, que precisam administrar cinco ou mais medicamentos por dia. Diante desse cenário, o enfermeiro e o administrador de empresas deram início às operações em fevereiro deste ano.
Para Arlei, administrar vários medicamentos no dia a dia, com doses e horários corretos pode ser complexo, em especial para os idosos. “Fatores como embalagens, nomes parecidos, horários diferentes, bem como o processo de compra e controle da quantidade de medicamentos tornam a vida do paciente que utilizam mais de uma medicação ainda mais complexa”.
O enfermeiro também traz um alerta sobre a interação medicamentosa, considerada pelo Food and Drug Administration (FDA) a 4ª causa de morte nos Estados Unidos. No Brasil 23% das idas aos prontos-socorros está relacionada a interação inadequada entre fármacos. 10% consiste na ingestão simultaneamente de medicamentos com alimentos que podem causar riscos à saúde.
“Por isso, contamos com uma equipe de farmacêuticos clínicos especializados que realizam uma análise prévia detalhada da medicação de cada paciente com a avaliação da farmacoterapia com indicação do melhor horário de administração, tempo de tratamento e orientações dos principais cuidados com a prescrição”, conclui.