A nuvem como facilitador de serviços no setor de saúde
Por Gustavo Marui
A pandemia trouxe impactos para todos os setores da economia, mas é inegável que na Saúde eles têm sido mais fortes. Hospitais, clínicas e laboratórios estão passando por uma série de transformações digitais que afetam não apenas suas operações, mas também seus pacientes, que não abrem mão da qualidade, mesmo com atendimento feito à distância.
Ao mesmo tempo em que precisa se adequar rapidamente, o setor continua o processo de consolidação iniciado há algum tempo, integrando suas diferentes áreas. Em todas estas frentes, o que se vê é uma necessidade de integrar sistemas, que agora precisam ser mais escaláveis, menos complexos e mais seguros, sem esquecer os requisitos demandados pela LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).
Mesmo antes da pandemia, o setor já vinha passando por mudanças marcadas pelo aumento no volume de dados dos pacientes, pela implementação de processos cada vez mais digitalizados e pela necessidade de garantir a proteção destes dados.
Mas a pandemia acelerou estas mudanças, colocando a computação em nuvem no centro das estratégias e sua importância aumenta quanto mais facilidade de utilização e acesso ela traz para o mercado. Com a nuvem, é possível às instituições de saúde encontrar serviços disponíveis de forma rápida, permitindo a criação de mecanismos imediatos de ganho de escala, como serviços de telemedicina e atendimento remoto, portal de agendamento de procedimentos e consultas online, serviços de monitoramento remoto ao paciente e demais serviços em saúde digital, provendo um contato mais próximo na coordenação de cuidado do paciente.
A nuvem desponta como um facilitador dos microsserviços e de funcionalidades que podem ser habilitados de acordo com a demanda, sem a necessidade de investimentos em infraestrutura ou mesmo de espaço físico. Ela também amplia o leque de soluções, já que a maioria dos fornecedores adota modelos de negócio disponíveis em cloud – o que aumenta também a segurança, com controle de acesso mais granulares e precisos, se comparado às estruturas On-Premises.
Na ponta, isso significa mais pacientes atendidos com mais qualidade. Na nova dinâmica do mercado, migrar para a nuvem deixa de ser uma questão de custo para ser o habilitador de novas soluções de jornada do paciente. Ela também tem sido o elemento que facilita os processos de integração e a correlação das informações entre diferentes unidades.
E aqui temos outro avanço. No momento em que captura informações e as correlaciona, as organizações de saúde conseguem fazer predições de tratamento e contar com modelos de dados que permitem realizar previsões como demandas de recursos, de insumos, procedimentos, etc.
Por tudo isso, temos concentrado nosso trabalho em levar nossos clientes a novos níveis de maturidade. Para isso, é possível estruturar dados e informações, trazendo inteligência, além de auxiliar os clientes a utilizar serviços dentro da nuvem, identificando os mais adequados às suas necessidades.
Para as instituições que já estão na nuvem, é possível potencializar sua atuação em cloud, com serviços de gestão capazes de garantir um ambiente estável e seguro. Para aquelas que ainda estão a caminho dessa jornada, é fundamental a criação de um roadmap de serviços, que vai desde a construção do ambiente até a melhor utilização da tecnologia.
Com esse mundo em transformação e a necessidade de atender a alta demanda, melhorando a experiência do paciente, a cloud surge como um grande viabilizador, oferecendo soluções mais disponíveis, seguras e em escala, além de ferramentas que podem ser utilizadas em prol do paciente. Está tudo lá e é a chave para potencializar o setor.
*Gustavo Marui é arquiteto de soluções de healthcare da Logicalis.